No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre suplementos de vitamina D

Uma revisão científica recentemente publicada têm despertado debates sobre o consumo de suplementos de vitamina D. Para a surpresa de muitos, a pesquisa aponta que o uso destes pode não ser tão eficaz assim quando se trata de prevenção de doenças.
Este estudo, realizado por pesquisadores das universidades de Auckland, na Nova Zelândia, e Aberdeen, na Escócia, foi divulgado na revista British Medical Journal.

A vitamina D é um nutriente essencial para o corpo humano, ajudando na manutenção de ossos, dentes e músculos saudáveis, além de reduzir o risco de fraturas. Nossa principal fonte dessa vitamina é a própria exposição solar, mas nos períodos de outono e inverno, quando a incidência solar é menor, surge a necessidade de obtenção através da dieta ou suplementação.

O estudo mencionado analisou diversos ensaios clínicos a fim de avaliar o impacto da suplementação de vitamina D na saúde. Estudiosos concluiram que as evidências atuais não apoiam o uso de suplementação de vitamina D para prevenir doenças. Além disso, os pesquisadores também concluíram que há insuficientes evidências de alta qualidade que indicam que a suplementação de vitamina D seja benéfica para outras condições de saúde, como doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e alguns tipos de câncer.

Segundo os autores da pesquisa, se existirem benefícios da suplementação de vitamina D, eles serão mais provavelmente observados em populações com deficiência grave dessa vitamina. Diante dessas incertezas, os cientistas sugerem que pessoas de alto risco sejam aconselhadas sobre exposição solar e dieta, e que o uso de suplementos de vitamina D em baixas doses seja considerado individualmente.

A mensagem final da pesquisa é que a suplementação de vitamina D deve ser abordada com cautela e sempre de acordo com orientação médica. A melhor forma de se obter essa vitamina é ainda através da exposição solar e de uma dieta balanceada. No entanto, para aqueles com deficiência comprovada ou alto risco de desenvolvê-la, a suplementação pode ser uma alternativa válida, mas sempre pensando no indivíduo e em suas necessidades específicas.