Imagem: Alice Urbim e Boca Migotto em cena do filme "Um certo cinema gaúcho de Porto Alegre"/Crédito Pedro Clezar

Após ter lançado a adaptação da sua tese de doutorado em livro, que ocorreu no Festival de Cinema de Gramado ano passado, o cineasta e escritor Boca Migotto retorna este ano ao festival para apresentar o segundo produto originado da sua pesquisa, o documentário “Um certo cinema gaúcho de Porto Alegre”.

O filme será exibido na Mostra Competitiva de Longas-metragens Gaúchos do Festival de Cinema de Gramado, nesta terça-feira, dia 15 de agosto, às 14h no Palácio dos Festivais. A película já foi exibida no Festival de Vassouras, no Rio de Janeiro e no Santos Film Festival, em São Paulo, e agora terá sua primeira exibição em terras gaúchas.

“Um certo cinema gaúcho de Porto Alegre”, o documentário, complementa o estudo de Migotto o qual, após a tese de doutorado, foi adaptado para livro, praticamente esgotado, chamado “Um certo cinema gaúcho de Porto Alegre – ou como o cinema imaginou a capital dos gaúchos”. É, portanto, também um complemento audiovisual do livro através do qual é possível viajar não apenas pelo cinema gaúcho mas, da mesma forma, pela história do próprio Estado e sua capital. Além de propor que o Rio Grande do Sul, este estado marcado pelas guerras de fronteiras, é, na verdade, uma ponte entre o Brasil e toda a América Latina.

Sinopse
Este documentário aborda quarenta anos, e três gerações, de um certo cinema gaúcho. Portanto, é um filme sobre cinema. Mas não só. É também um filme sobre o Rio Grande do Sul e sua capital, Porto Alegre. Por isso, não deixa de ser, também, um filme sobre a América Latina e sobre a fronteira que aproxima e afasta a América de colonização espanhola do Brasil. Em nenhum outro lugar do país é possível vencer a fronteira em apenas um passo e isso diz muito sobre os gaúchos e sobre o cinema realizado nessas paragens. De um lado a Argentina, o Uruguai e toda a latinoamérica, do outro, o Brasil e, no meio, esse Estado esquizofrênico que, há séculos, busca compreender a si mesmo. Nessas andanças, o cinema gaúcho é quase como um espelho que reflete os inúmeros conflitos deste Brasil ora tropical, ora casi platino.

Imagem: Cartaz de Um certo cinema gaúcho de Porto Alegre/Foto Gilberto Perin/Arte Rodrigo Santanna

O documentário é uma co-produção de TEIMOSO FILMES E ARTES CONVULTION EPICS. Produtoras Parceiras: PROSA FILMES, EFRAME, CROMAGATO, CAMPITO.

Ficha Técnica
Produção – BOCA MIGOTTO – NATÁLIA GUASSO – ALEXANDRE DERLAM. Direção Musical e Produção Musical de Copyright – PAOLA OLIVEIRA. Músicas – E AÍ, MAN? – Reverba Trio – Julio Cascaes – KILL SUMMERTIME – Space Rave – Eduardo Norman e Mariana Kirscher – CINEMA 180 – Plato Divorak & Os Exciters – Leonardo Bomfim Pedrosa e Plato Divorak – DETETIVE – Comunidade Nin-Jitsu – Mano Changes/Fredi Endres – O TINTUREIRO – Reverba Trio – Julio Cascaes – PEGADAS – Bebeto Alves. Direção de Fotografia – PEDRO CLEZAR. Câmera adicional – BOCA MIGOTTO – GUILHERME NOVELLO – ISABEL ALVES PRUDÊNCIO. Imagens Drone – ALEXANDRE DERLAM DOS SANTOS. Conversão do Material Bruto – JONATAS RUBERT – JOANA BERNARDES. Montagem – EDUARDO PÚA. Som Direto e Desenho de Som – JUAN QUINTÁNS. Assistência de Som Direto – GABRIEL MUNIZ – HENRIQUE GARCIA SOMMER. Pós-produção e Colometria – JULIANO MOREIRA. Motion Graphics – NATÁLIA KOREN – DIOVANE RIELLA – GUILHERME CINTRÃO. Produção Motion Graphics pela eFrame Films and Arts – VOLTI BARBIERI. Design Título – VINI FONTOURA. Motion Design – NATÁLIA KOREN. Trailer – EDUARDO PÚA – Assessoria Jurídica – DANIELA DINIZ FREITAS. Identidade Gráfica – RODRIGO SANTANNA. Produção Executiva – BOCA MIGOTTO – Pesquisa, Roteiro e Direção – BOCA MIGOTTO

Sobre o diretor
Boca Migotto é cineasta, pesquisador e escritor. Realizou mais de 30 curtas e médias-metragens, séries de TV, além dos documentários em longa-metragem Filme sobre um Bom Fim (2015) – um dos títulos mais assistidos do cinema gaúcho – Pra ficar na história (2018), Já vimos esse filme (2017) e O sal e o açúcar (2013). Atualmente, em parceria com Gilberto Perin, adapta seu livro, “A última praia do Brasil”, para vir a ser seu primeiro longa-metragem de ficção e também dedica-se a escrita do seu próximo livro, Dona Dora.