As empresas de maquininhas de cartão no Brasil estão contestando os planos das operadoras de telefonia, como Vivo, TIM e Claro. A intenção das operadoras é desativar os sinais de telefonia móvel 2G e 3G, no entanto isso fará as máquinas de cartões pararem de funcionar.

A iniciativa está atualmente sob análise da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A Abranet (Associação Brasileira de Internet) está representando as empresas de maquininhas e traz argumentos sobre a questão. Nesse sentido, a Abranet argumenta que a operação de seus dispositivos depende das conexões 2G e 3G, especialmente em áreas rurais e regiões remotas onde o 4G e 5G ainda não têm alcance.

Na quarta-feira (1), a Abranet apresentou suas contribuições à Anatel, pedindo cautela na tomada de decisão. Nesse sentido, a associação alega que a cobertura das redes de telecomunicações móveis é limitada às áreas urbanas dos municípios e a grandes centros urbanos.

Parte substancial do território nacional carece de cobertura planejada e, segundo a Abranet, provavelmente não a terá no futuro devido à falta de regulamentação e interesse econômico. No setor varejista, a maioria das maquininhas de cartão operam em redes 3G.

Por outro lado, a desativação desses sinais geraria impactos positivos para as operadoras, que buscam acelerar o desligamento devido a altos custos com poucas receitas associadas. Diante dessa situação, a Anatel iniciou uma consulta pública.

Consulta pública da Anatel
A Anatel iniciou uma consulta pública a pedido da Conexis, uma associação que representa as empresas de telecomunicações. O objetivo é debater o desligamento das redes 2G e 3G, sendo que a proposta da associação é promover uma atualização tecnológica.

Com isso, seria possível uma operação nas mesmas faixas de frequência hoje ocupadas pelos sinais 2G e 3G. Embora essas tecnologias tenham sido predominantes no passado, permitindo o envio de mensagens de texto (SMS) e a viabilização da internet móvel, hoje elas têm menos de 20 milhões de usuários, em comparação com os 200 milhões no auge de sua utilização.

Fonte: Seu Crédito Digital