Imagem: Pele/Crédito Tatieli Sperry

Identificar e retratar a beleza e força do feminino representado por mulheres negras caxienses, esse é o foco da exposição “Pele”, da fotógrafa Tatieli Sperry, que estará aberta ao público a partir deste sábado, dia 08 de julho, e segue até 10 de agosto, no Instituto de Leitura Quindim.

A abertura será às 15h30, contará ainda com o projeto “Leia autoras negras: Uma roda de conversa sobre os contos de Geni Guimarães”, com Claudia Finn a partir das 16h. No dia 05/08, das 14h às 17h, haverá o “Movimento de saberes: mulheres negras e suas potências”, com solo da dançarina Vanessa Carraro e da percussionista Angela Pimentel, organizado pelo QueRER – (Qualificar a Educação para as Relações Étnico-Raciais), da Secretaria Municipal de Educação (SMED), de Caxias do Sul.

Com curadoria de Franciele Oliveira e Lucila Guedes, a mostra “Pele” conta com 20 imagens que retratam toda a sutileza e força da mulher negra por meio do olhar sensível de Tatieli. A fotógrafa optou por uma cartela de cores que transita entre o verde e o marrom. A maquiagem das modelos, assinada por Márcia Padilha e Haylim Marques, tem um clima mais clean e suave, valorizando a naturalidade dos rostos. As roupas, que parecem buscar uma ligação com a terra e com a ancestralidade, foram costuradas pela própria fotógrafa.

“Em 2021 comecei o movimento das fotos em ‘lambe-lambes’ pela cidade. Recebi relatos emocionados de mulheres felizes por se sentirem representadas, assim como também vi algumas imagens arrancadas e rasgadas. O movimento de empoderamento negro tem aumentado, tanto por parte das novas gerações quanto da antiga, mas é preciso continuar caminhando, pois a jornada é longa pelos direitos e representatividade”, afirma Tatieli.

A exposição “Pele” é uma realização do Instituto de Leitura Quindim em parceria com o núcleo QuERER, Qualificar a Educação para as Relações Étnico-Raciais, da Secretaria Municipal de Educação (SMED), de Caxias do Sul. Com o apoio da Coordenadoria de Promoção da Igualdade étnico-racial, do Conselho Municipal da Comunidade Negra (COMUNE) e do projeto Movi, saberes e fazeres migrantes.