Imagem: Dowell/ Getty Images.

Menos de dois anos após o boom do metaverso, outras novidades, como o ChatGPT, tornaram-se protagonistas de debates e manchetes de veículos ao redor do mundo. Em meio a tantas mudanças tecnológicas e digitais, fica a reflexão: podemos prever o que virá pela frente?

Em partes, sim. A inteligência artificial deve ganhar ainda mais força nos próximos sete anos por sua versatilidade. Projeções da McKinsey dão peso a essa expectativa de crescimento e consolidação, já que mostram a geração de US$ 13 trilhões em termos globais.

No marketing, por exemplo, pode compilar dados poderosos para tomada de decisão e criação de campanhas mais assertivas. No entanto, os profissionais da área devem ter atenção: é preciso apostar em eficiência, sem perder a humanidade. Ou seja, em meio aos avanços, a empatia seguirá sendo a chave para os reais resultados no setor.

Além de pensar na experiência do cliente, é fundamental prezar por algo muito importante: a privacidade de dados, o que nos leva à outra tendência… a cibersegurança.

Hackers, malwares, phishing, pharming são responsáveis por atividades criminosas que geram prejuízos milionários. Para ter uma ideia, entre janeiro e agosto do ano passado, foram registradas quase 13 milhões de tentativas de fraudes no comércio eletrônico brasileiro, de acordo com o Censo da Fraude, da Konduto. Em paralelo, deve ocorrer uma educação contínua para os usuários e colaboradores.

Sendo assim, as empresas precisam apostar na criação de conteúdos que ajudem a identificar golpes e promover uma navegação na internet ainda mais protegida, principalmente durante o processo de compra.

E mesmo que não tenha tanto espaço na mídia quanto antes, devemos acompanhar o metaverso de perto, pois corrobora com outras tecnologias em alta, como a IoT (Internet das Coisas), especialmente quando falamos da indústria de jogos.

Mudanças que afetam o mercado de trabalho
Desde o início da pandemia, o mercado de trabalho tem respondido às mudanças tecnológicas e incorporado alternativas que permitem gestão remota. A migração para a nuvem se popularizou exatamente por isso.

Hoje, o Brasil está em oitavo lugar no ranking da Asia Cloud Computing Association (ACCA), que nomeia os países que oferecem melhores condições para computação em nuvem no mundo. Aliado a isso, perspectivas da Gartner mostram que a maior parte das empresas também adotará a tecnologia nas operações nos próximos anos.

Essa modernização faz com que as empresas avaliem alguns pontos, como o legado tecnológico, atualizando processos e sistemas que já não cumprem mais o papel necessário, sem falar em uma necessária mudança de cultura dentro da própria organização. Como benefício indireto, ainda contribui com a preservação ambiental por meio de operações mais sustentáveis e com menos desperdício – aspecto interessante, pensando na visão do público e possíveis investidores.

Aos que desejam prever as próximas tendências, fica o alerta: a tecnologia é cíclica. O que perdeu o brilho em um dia, pode irradiar mais forte que o sol em outro. Avaliar os lançamentos e analisar o potencial a longo prazo faz toda a diferença para empresas que querem chegar mais longe.

Fonte: Metrópoles.