Recorde de público e de negócios, além de intensa participação internacional. Assim foi concluído o terceiro e último dia da terceira edição da Wine South America que reuniu em Bento Gonçalves a cadeia de negócios e apreciadores do vinho e derivados da uva. Mais de 7 mil compradores de todas as regiões do Brasil e de 13 países participaram da programação. Um dos fatores para tornar a feira tão exitosa é a proximidade geográfica com alguns dos principais países produtores mundiais, como Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.
“A edição da WSA deste ano foi histórica em todos os sentidos. Tivemos um crescimento de 20% no número de marcas expositoras, além do recorde de público. Também ultrapassamos a marca de R$ 20 milhões em negócios, superando assim a nossa última edição presencial, realizada em 2019”, avalia Marcos Milanez Milaneze, diretor da WSA.
Reforçando a estreita relação Brasil-Itália, a agência do governo italiano promoveu a vinda do Master of Wine italiano, Gabriele Gorelli. Ele esteve pela primeira vez no Brasil e, além dos conhecimentos, distribuiu simpatia e gentilezas aos interessados no encerramento da feira
“Tive minha primeira experiência com o vinho brasileiro há dez anos e foi algo muito simples. Agora o Brasil tem mais know-how e habilidade em produzir vinhos de categoria mundial, especialmente brancos e espumantes. E os tintos, especialmente os do Sul, tem uma mensagem bem clara: não são necessariamente Novo Mundo, tem uma personalidade clássica. Por isso, acho que os vinhos italianos são perfeitos e combinam tanto com o Brasil”, afirma.
Conhecimento dentro e fora da taça
Além das degustações concorridas nos estandes de diferentes terroirs brasileiros e dos vinhos do velho mundo, a feira possibilitou a realização de negócios nas rodadas especialmente desenvolvidas para este fim e também a troca de conhecimento nas masterclasses, sob a curadoria da ABS/RS
No dia de abertura, quarta-feira, especialistas e compradores/revendedores participaram do painel “Raio-X do Mercado de Vinhos”. Ali foram revelados números e tendências da cadeia, revelando otimismo para a cadeia do vinho. No período acumulado de 12 meses houve uma leve queda de 3% na soma da comercialização pelas vinícolas brasileiras com as importações. A pequena baixa é atribuída ao forte crescimento registrado na pandemia, que chegava a dois dígitos. Ou seja, a base de comparação era expressivamente alta.
– Hacka Vitis – Voltado à inovação para o setor vitivinícola, o Hacka Vitis foi realizado em parceria com o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). Por meio dele, alunos da instituição desenvolveram soluções para os principais desafios da cadeia. Esse é o primeiro Hacka Vitis realizado com foco exclusivo no setor de vinhos. A organização esteve a cargo de Vinicius Piva, que é diretor de inovação do CIC-BG
– Fraudes e Descaminhos de Vinhos: O painel debateu as operações que combatem a entrada irregular de vinhos, especialmente na fronteira do Brasil. O encontro teve a participação do Delegado da Receita Federal, Mark Tollemache e de representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
– Melhor Sommelier do RS: Luiz Gustavo da Silva Buske conquistou o título de Melhor Sommelier do Rio Grande do Sul. O anúncio foi feito durante a WSA, após prova prática realizada ao lado dos também sommeliers Emmanuel Vinicius Franco de Abreu e Nasser Augustus Najar. O concurso, que está em sua segunda edição, foi promovido pela seccional gaúcha da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS-RS).
– Enoturismo: A promoção do enoturismo esteve presente na WSA, possibilitando ao comprador conhecer as vinícolas, o local de produção de vinhos e espumantes, e vivenciar assim a emoção atrás dos rótulos.
– Além do vinho: Além de produtores de vinho, espumante e suco de uva, integraram o rol de expositores os setores de azeite de oliva e cachaça artesanal.
Com informações da Apura Conteúdo