Você sofre mais com ressaca? É muito normal ficar com ressaca depois de uma boa noite de farra, não fique surpreso ao acordar se sentindo muito mal na manhã seguinte. Uns podem se sentir ainda piores, outros com menos reações e alguns (com sorte) podem não sentir nenhuma das consequências negativas.
Na ciência, as ressacas são medidas em uma escala de 11 pontos (zero para quem não teve efeitos e dez para ressaca extrema). Em uma pesquisa conduzida pelo professor Craig Gunn, da Universidade de Bristol, no Reino Unido, os participantes relataram ressacas nessa escala variando de um (muito leve) a oito (grave) — enquanto outros estudos estimam que cerca de 5% das pessoas podem ser mais resistentes à ressaca.
Então, qual é a diferença?
Há mais do que simplesmente o quanto bebemos. Os pesquisadores estão explorando os muitos mecanismos biológicos e psicológicos que poderiam influenciar nossa experiência durante as ressacas.
Existe uma enzima, álcool desidrogenase, que quando consumimos álcool, ela é quebrada e transformada em acetaldeído — um composto químico importante para o surgimento dos sintomas de ressaca. No entanto, a variante do gene ALDH2 limita a decomposição do acetaldeído, levando a uma maior acumulação do composto químico — e assim a sintomas de ressaca mais intensos.
Outros fatores é a Idade e sexo, que podem influenciar na forma como uma ressaca é vivenciada. Uma recente pesquisa online com 761 consumidores de álcool holandeses, descobriu que a gravidade da ressaca diminui com a idade, mesmo considerando a quantidade de álcool consumida.
Os autores também relataram diferenças na gravidade da ressaca entre homens e mulheres. Essas diferenças foram maiores em jovens do sexo masculino (de 18 a 25 anos) com relatos de ressacas mais severas em comparação as mulheres jovens. No entanto, ainda não descobriram o por quê dessas diferenças.
Ainda tem os fatores psicológicos, onde podem estar relacionados à forma como uma ressaca é vivenciada — incluindo ansiedade, depressão, níveis de estresse e até mesmo personalidade.
Fonte: Terra Brasil