No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre a leptospirose.
O Rio Grande do Sul vem sofrendo com as enchentes e a leptospirose é uma das doenças relacionada à calamidade e que está levando a casos de morte. A leptospirose é uma das principais doenças que acontecem em casos de inundações, transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados.
A leptospirose é causada por bactérias do gênero Leptospira. Elas penetram na pele por meio de lesões, mucosas ou ainda em pele que fica submersa por longo período em água contaminada. A bactéria pode penetrar no corpo ainda pela ingestão de água e alimentos contaminados. É transmitida pelo contato com urina de animais contaminados, em especial roedores.
A ocorrência de surtos da doença está associada a épocas de chuva. Além disso, é considerada uma doença de risco ocupacional e acomete com frequência profissionais que trabalham, por exemplo, em arrozais e canaviais, minas e limpeza pública.
Apesar disso, o Ministério da Saúde salienta que a maior parte dos casos ocorre entre pessoas que habitam ou trabalham em locais com infraestrutura sanitária inadequada e que são expostas à urina de roedores. A doença está também muito associada a enchentes, uma vez que esse fenômeno propicia a disseminação e também garante a persistência da bactéria no ambiente. Isso faz com que epidemias sejam comuns após fortes chuvas.
A leptospirose é uma doença causada por bactérias do gênero Leptospira. Essas bactérias são helicoidais e aeróbias obrigatórias. A leptospirose poderá ser assintomática, provocar sintomas leves ou desencadear casos graves. A doença começa a se manifestar de 1 a 30 dias após a contaminação, com início, em geral, entre 7 a 14 dias após a exposição. O Ministério da Saúde divide as manifestações clínicas em duas fases: a precoce e a tardia.
Na fase precoce, observa-se a ocorrência de sintomas como: febre, dores de cabeça, dor muscular, enjoo, vômitos e falta de apetite, sintomas considerados pouco específicos. Outras manifestações que podem ocorrer são: diarreia, dor nas articulações, tosse, dor nos olhos, vermelhidão ou hemorragia conjuntival e fotofobia.
A leptospirose é uma doença que é tratada por meio de uso de antibióticos. Em casos graves, a antibioterapia endovenosa deve ser iniciada rapidamente. Além da utilização de medicamentos, medidas de suporte podem se fazer necessárias, tais como ventilação e diálise.
A leptospirose é transmitida por meio de exposição à urina de animais contaminados, principalmente ratos, ou água e lama contaminada pela bactéria. A orientação é que a população procure um serviço de saúde logo nos primeiros sintomas: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial na panturrilha) e calafrios.