No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre o infarto em mulheres.

A medicina avançou muito nas últimas décadas no diagnóstico e no tratamento das doenças cardiovasculares. Mas isso não diminuiu as preocupações. Segundo especialistas, ainda falta conscientização e prevenção dos fatores de risco, responsáveis, por exemplo, pelos 50 milhões de brasileiros hipertensos.

Especialistas estão em alerta pelo aumento do número de infartos em mulheres, inclusive entre mulheres jovens, o que já exigiu um posicionamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A genética é determinante, mas é o estilo de vida que vai definir se o problema cardíaco chegará aos 40 ou aos 70 anos.

É possível cuidar do coração mesmo depois de certa idade. No momento que qualquer pessoa perceber que precisa mudar os seus hábitos de vida para evitar doenças futuras, é super benéfico. Hoje, a gente tem uma expectativa de vida muito mais alta. Então, o ideal é que a pessoa comece a cuidar o mais cedo possível. Quem tem história familiar de infarto, de hipertensão, de diabetes, de colesterol alto, deve, assim que possível, com 15, 18 anos, já medir o colesterol e verificar a sua pressão arterial. Tardiamente, seria quando já tem alguma doença instalada, e não uma questão de idade.

O infarto é grave em qualquer idade, seja no jovem, no adulto, no idoso, é um evento catastrófico, e a maioria das pessoas não consegue nem ter o primeiro atendimento médico, morre antes. As doenças cardiovasculares causam o dobro de morte daquelas por câncer, todas as causas de acidentes e violências, três vezes as doenças respiratórias e as infecções. Então, realmente é preocupante, porque apesar de todos os avanços que a gente tem vivido na medicina, na cardiologia, no diagnóstico e no tratamento, a gente não é efetivo em medidas preventivas para reduzir as doenças cardiovasculares.