No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre o uso excessivo de descongestionantes nasais.
A chegada das estações frias, de outono e inverno, favorece o aparecimento de sintomas respiratórios. Certamente, o nariz congestionado é o campeão. Isso acontece tanto devido ao aumento da circulação de vírus causadores de gripes e resfriados, como devido ao frio e redução da umidade relativa do ar.
Para acabar com o desconforto, muitas pessoas recorrem ao uso indiscriminado de descongestionantes nasais. Entretanto, a prática está associada a riscos para a saúde e até mesmo ao desenvolvimento de doenças.
A maioria dos descongestionantes nasais que causa alívio imediato tem como princípio ativo alguma dessas substâncias: oximetazolina, xilometazolina, nafazolina e fenilefrina. O problema é que o mecanismo de ação responsável por esse efeito instantâneo também gera efeito rebote.
Essas substâncias descongestionam o nariz por meio de vasoconstrição, um fenômeno que faz os vasos sanguíneos do nariz se contraírem. Isso aumenta a passagem de ar, levando a pessoa a respirar melhor em poucos minutos. Entretanto, depois de algumas horas, os vasos voltam a dilatar. Após um período de apenas 3 a 5 dias do uso contínuo desses produtos, o efeito descongestionante dura cada vez menos e o organismo precisa de mais remédio para obter o mesmo alívio.
Além do “vício” no medicamento – em geral, usuários acabam usando os descongestionantes continuamente, pois sentem que não conseguem respirar sem ele -, a condição recebe o nome de rinite medicamentosa. Nesses quadros, a pessoa passa a ter mais obstrução, ressecamento nasal e até formação de crostas. Nestes casos, o ideal é procurar um médico que irá indicar o melhor tratamento.
Mas, afinal, como aliviar o desconforto no nariz sem riscos à saúde? A forma não medicamentosa mais recomendada por especialistas é a famosa lavagem nasal com soro fisiológico. O uso de sprays medicamentosos deve ser feito somente mediante orientação e acompanhamento médico.