No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre café na gravidez
Durante a gravidez, ajustar a alimentação é fundamental para garantir a saúde do bebê. Um dos itens que frequentemente suscita dúvidas é o consumo de café. Atualmente, um estudo publicado na revista Psychological Medicine sugere que não há ligação forte entre a ingestão de café na gravidez e impactos no desenvolvimento cerebral infantil, mas ainda recomenda cautela.
A pesquisa destaca que gestantes devem seguir as diretrizes da escola Americana de Obstetrícia e Ginecologia, que considera seguro o consumo de até 200mg de cafeína por dia, aproximadamente o equivalente a uma xícara de 340 ml de café coado. Estas diretrizes, contudo, podem ser reavaliadas futuramente, caso novos estudos corroborem os atuais resultados.
A cafeína é uma substância que não é decomposta eficientemente pelo organismo de mulheres grávidas, resultando em seu acúmulo no corpo. Estudos anteriores apontam para a possibilidade de a cafeína impactar o desenvolvimento cerebral das crianças, embora muitos desses resultados possam ser influenciados por fatores externos.
Esses fatores incluem o comportamento das gestantes que, além de consumirem café, possivelmente também consomem álcool e cigarro, que são conhecidos por seus efeitos nocivos ao feto. Por isso, ao avaliar a influência do café, é importante considerar esses elementos.
Os pesquisadores não identificaram uma ligação clara entre o consumo de café durante a gravidez e problemas de desenvolvimento neurológico nas crianças. O estudo sugere que outros comportamentos, como fumar e consumir álcool, podem ser os principais responsáveis pelas associações observadas anteriormente.
Ainda que o estudo não tenha encontrado fortes evidências de que o café afeta o desenvolvimento cerebral durante a gravidez, ele não recomenda mudanças imediatas nas diretrizes sobre o consumo de cafeína. A cautela é recomendada até que mais pesquisas sejam realizadas para confirmar esses achados.
Por enquanto, manter o consumo de café dentro do limite seguro pode ser uma escolha prudente para as gestantes que desejam mitigar riscos à saúde de seus bebês. A relação entre cafeína e desenvolvimento infantil continua a ser um tema investigado pela ciência.