A 4ª edição do Viene Vivere La Vita Festival consagrou Monte Belo de Sul como ponto de encontro para quem deseja apreciar alguns dos melhores elementos que a vida tem a oferecer. A estimativa é de que 10 mil pessoas tenham prestigiado as atrações. Durante a programação que ocorreu neste fim de semana (19 e 20 de novembro), houve quem aproveitou a proposta para se deliciar com a gastronomia oferecida pelos expositores. Teve quem preferiu reunir a família e os amigos em um encontro informal, regado com vinhos e espumantes locais. Outros, optaram por renovar o estoque de produtos artesanais, fazendo boas compras de produtos típicos. E, claro, quem faz um pouco de tudo isso ao mesmo tempo.
O casal Renato e Priscila Dalagnol, de Garibaldi, esteve pela primeira vez na Praça Padre José Ferlin, com a filha Maria Júlia, de cinco anos, e aprovou a experiência. “É uma proposta bem interessante porque valoriza os pequenos produtores, e aqui a gente pode encontrar de tudo que é feito no meio rural, quase de forma artesanal”, comentou Renato.
O formato do evento conquista, também, visitantes recorrentes, como José Carlos Ribeiro, de Carlos Barbosa. “Isso aqui é maravilhoso, não perco uma edição do festival. A gente pode conversar com todo mundo e fazer novas amizades. É uma festa que tem tudo que a colonização italiana trouxe para a Serra, sem o sufoco, a aglomeração e a loucura dos grandes eventos”, comentou.
Participantes de outras microrregiões endossam esse importante aspecto do Viene Vivere La Vita. “O festival mostra muito da cultura local, e isso precisa ser valorizado”, completou Marcos Oliveira, que veio de São Leopoldo para prestigiar a programação. “Somos apaixonados por bons vinhos, então optamos pela região, e especialmente Monte Belo, onde já estivemos em outras oportunidades, pelas paisagens, natureza, e pela receptividade do povo italiano do interior”, disse Cristiane Backes, de Ivoti.
O enfoque de valorização da identidade local é, justamente, um dos principais propósito do Viene Vivere La Vita. “O projeto tem sido desde sua primeira edição e ficamos muito satisfeitos com a valorização dos pequenos empreendedores”, enfatizou o vice-prefeito, Jorge Benvenutti.
A comprovação vem, também, pelos números: na primeira edição, em 2018, o festival teve a adesão de 21 expositores. Nesta, o número foi recorde, com 35 negócios participantes. “São empreendedores rurais, familiares, todos do município, que vieram mostrar e comercializar seu trabalho, inclusive alguns estão aqui pela primeira vez”, comentou o secretário de Cultura e Turismo, Álvaro Manzoni, idealizado do Viene Vivere La Vita Festival.
O movimento encontra respaldo na gestão do atual prefeito, Adenir José Dallé. No início da administração, eram apenas 7 os pequenos empreendedores familiares cadastrados na Prefeitura. Hoje são mais de 50.
Negócios para os expositores
Os 35 expositores que receberam os visitantes do Viene Vivere La Vita Festival aproveitaram dois dias de intensas oportunidades de negócios. Estreante da edição, a Vinum Terra – Vinhos Naturais, de Linha Alcântara, apresentou seus vinhos orgânicos e biodinâmicos, bem como sucos naturais. “Percebemos boa aceitação. As pessoas que querem cuidar do seu ‘eu’ são as que mais compram. Elas sabem que o que fazemos não tem componentes químicos e é um produto que ajuda na saúde”, disse Edgar Giordani, proprietário da vinícola familiar.
Na banca da Casa Angelo Fantin o sucesso foi o pão de vinho recheado com uvas passa, com mais de mil unidades comercializadas. “Esse produto, o pão com vinho, une um alimento que faz parte da tradição com a atividade vinícola, vocação dos italianos desde que chegaram à região”, conta a proprietária do empreendimento, Jéssica Fantin. Os pães tradicionais e os vinhos produzidos na cantina familiar também renderam bons negócios.
Participante desde a primeira edição do Festival, a Vinícola Faé, comercializou sua linha de vinhos finos e espumantes. “Sempre vendemos bem. O Viene Vivere La Vita Festival é uma ótima oportunidade para os pequenos agricultores mostrarem o que produzem e reforçarem o caixa de seus negócios”, conta o sócio-gerente, Roque Faé.