Saúde

Saiba como o clima frio pode afetar o seu coração

Imagem Ilustrativa (Reprodução/FreePik)
Imagem Ilustrativa (Reprodução/FreePik)

A oscilação de temperatura influencia no funcionamento do coração, inclusive, pode aumentar a incidência de doenças cardiológicas, afirma o médico cardiologista, Dr. Roberto Yano

Com a chegada do inverno, é bem comum notar um aumento nos casos de gripes, resfriados e doenças respiratórias, mas o que muitos não  sabem é que o frio também causa efeitos na saúde cardiovascular, principalmente para pessoas que já têm alguma predisposição ou histórico de doenças do coração.

De acordo com o cardiologista Dr. Roberto Yano, as baixas temperaturas provocam alterações fisiológicas importantes.

“O frio estimula a contração dos vasos sanguíneos, o que pode elevar a pressão arterial e aumentar o esforço cardíaco. Isso representa um risco para quem já sofre de hipertensão ou alguma condição cardíaca preexistente”, explica.

Por que o coração sofre mais no frio?
Quando o corpo é exposto a temperaturas mais baixas, o organismo reage tentando manter a temperatura interna. Isso causa uma vasoconstrição (o estreitamento dos vasos sanguíneos) o que pode sobrecarregar o coração.

Como resultado, aumenta o risco de infartos, anginas e arritmias, especialmente entre idosos e pessoas com doenças crônicas.

Além disso, o frio intenso está associado à maior incidência de acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e outras complicações cardiocirculatórias.

“O coração precisa bombear o sangue do corpo com mais força para manter a circulação eficiente, o que gera uma pressão adicional que pode ser um gatilho para condições anteriores”, completa Dr. Roberto Yano.

Atenção aos sintomas e aos cuidados
Dr. Roberto Yano
 alerta que sintomas como dor no peito, falta de ar, palpitações e fadiga anormal não devem ser ignorados, principalmente nos meses mais frios.

“Existem algumas recomendações gerais, como manter o corpo aquecido, evitar mudanças bruscas de temperatura, manter a hidratação mesmo no frio e não abandonar medicações prescritas, mesmo em períodos com menos sintomas”.

“Também é importante continuar com atividades físicas regulares, respeitando os limites do corpo e adaptando os horários e locais de treino ao clima”, 
destaca.