As exposições “Mulheres do Além-Mar” de  Nilva Damian e Sandra Puente, e “As cinco peles: diálogos com a gravura contemporânea” do  Clube de Gravura do Campus 8, com obras de Clara Koppe, Cláudio da Costa, Dionéia Balbinot, Mara Galvani, Nilton Dondé e Odilza Michelon seguem em cartaz no Centro de Cultura Ordovás, em Caxias do Sul, até o dia 09 de abril, e já receberam mais de 700 visitantes desde a abertura.

Além do público em geral, a Unidade de Artes Visuais (UAV) recepciona grupos como o Instituto da Audiovisão (INAV) e a Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes Visuais (APADEV), na exposição fotográfica com acessibilidade. Z UAV, responsável pelas mostras e ações do segmentos das Artes Visuais da Secretaria Municipal da Cultura (SMC), tem realizado diversas exposições pensando em acessibilidade, principalmente envolvendo as obras do Acervo Municipal de Artes Plásticas de Caxias do Sul (AMARP).

Os espaços expositivos do Centro de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho podem ser visitados de forma gratuita todos os dias da semana nos seguintes horários: segunda, das 9h às 16h; terça a sexta, das 9h às 22h; finais de semana: sábados e domingos, das 16h às 22h.

Exposições:

“Mulheres do Além-Mar” é uma mostra fotográfica multissensorial e inclusiva, que retrata a contribuição das mulheres açorianas na cultura do litoral de Santa Catarina. Assim, busca resgatar e valorizar o papel feminino dessas mulheres e suas descendentes mostrando as atividades realizadas por elas e que perpetuaram as suas tradições até os dias de hoje, sendo na terra ou no mar, que são observados através das: pescadoras, rendeiras, lavadeiras, rezadeiras e benzedeiras.

Objetivou-se criar um sentimento de pertencimento, inclusão e afeto com essa contribuição feminina, preservando o patrimônio imaterial cultural ao longo das gerações da história de Santa Catarina. Além de promover a inclusão social, acessibilidade, cidadania, educação e cultura.

A exposição é composta por 11 imagens impressas em papel fotográfico Hahnemuhle, e 10 imagens impressas em “Lithophane” (Impressão 3D em alto relevo). Dessa forma, a  mostra também desempenha o papel de inclusão social e cultural às pessoas com deficiência visual através de imagens impressas em alto relevo (lithophane) e texto escrito em “braille”, contendo uma resenha da exposição.

“As cinco peles: diálogos com a gravura contemporânea” apresenta as produções de Clara Koppe, Cláudio da Costa, Dionéia Balbinot, Gelson Soares, Mara Galvani, Nilton Dondé e Odilza Michelon, artistas que estudam e produzem gravuras em diferentes técnicas e processos conduzidos por um pensamento gráfico coletivo.

O grupo dedica-se ao fazer artístico e aposta na arte como terreno de experimentações ao pensar a gravura de modo expandido, questionando e subvertendo o meio tradicional de gravar e reproduzir imagens. Além das trocas durante os encontros e das referências trazidas pelos participantes, a exposição passou a tomar forma a partir da contribuição de Gelson Soares, ao apresentar para o grupo o manifesto das cinco peles, desenvolvido em 1972 pelo artista e arquiteto austríaco Friedensreich Hundertwasser (1928-2000).

Segundo o manifesto proposto pelo autor, o homem tem cinco peles: a epiderme, o vestuário, a casa, a identidade social e o meio global e ecológico. A partir das discussões acerca do manifesto de Hundertwasser, o grupo começou a se movimentar em torno das “cinco peles”, conceito-chave e disparador de novas pesquisas e processos. Os artistas entendem que o processo de atelier é enriquecedor e necessário, e que os reflexos dessa convivência, possam ser apresentados ao público de maneira a convidá-los a criar novos diálogos com a gravura contemporânea.