O Ministério da Cultura e o Instituto Cultural Vale apresentam o projeto Memórias em Mosaico e oficialmente a abertura das inscrições para as oficinas gratuitas do projeto, que serão realizadas a partir de junho de 2025 no distrito de Tuiuty, em Bento Gonçalves. A iniciativa, viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Programa Rouanet Emergencial, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, propõe a vivência da arte como instrumento de reconstrução emocional e a valorização cultural de uma das regiões mais afetadas pelas recentes catástrofes naturais no Rio Grande do Sul.
As oficinas terão duração de três horas semanais e ocorrerão ao longo de vários encontros. Serão oferecidas 3 turmas com 10 vagas cada, e todos os materiais serão disponibilizados gratuitamente aos participantes. As aulas serão ministradas pela professora Cristiane Bitarelo, com coordenação de Fernanda Tomasi.
Os interessados devem realizar suas inscrições diretamente no Centro Cultural Tuiuty ou entrar em contato com Fernanda Tomasi pelo WhatsApp (54) 98114-4290. As vagas são limitadas.
Ao final do processo formativo, os alunos e a comunidade estarão envolvidos na criação de um mural permanente em mosaico, que será instalado no trevo de acesso ao distrito. A obra artística abordará temas como a cultura da imigração italiana, tradições locais, viticultura, agroindústria familiar e a força da comunidade na superação de desastres naturais. Com a simbologia de “juntar pedaços para reconstruir vidas”, o mural será feito, inclusive, com azulejos provenientes das casas atingidas pelas enchentes, tornando-se um marco da resiliência e identidade local.
Sobre o projeto Memórias em Mosaico
O projeto Memórias em Mosaico foi idealizado durante uma conversa sobre a arte e a técnica “de juntar os pedacinhos quebrados e ressignificar”. A equipe principal é formada pelas Produtoras Culturais Daniela Sandrin Copat, Maria Dalcin e Fernanda Tomasi e a artista Cristiane Bertarelo. Memórias em Mosaico tem como objetivo promover a inserção sociocultural das comunidades de Tuiuty e de Faria Lemos, principalmente, fortemente impactadas por enchentes e deslizamentos, por meio da arte do mosaico.
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Mais do que ensinar uma técnica, as oficinas oferecem espaço para expressão, cura emocional e fortalecimento coletivo. A culminância do projeto será a instalação de um mural público de 2,5 x 4,25 metros, com temática que celebra as raízes culturais da comunidade e sua capacidade de reconstrução. A obra será um legado de beleza, pertencimento e resistência, acessível a todos.
Sobre o Mosaico
Mosaico é como se chama a arte milenar que consiste em embutir pequenas peças que são feitas de variados materiais. Há mosaicos com peças de plástico, há também os feitos com peças de pedra, etc. E essas são usadas para formar um desenho. Esse termo é originado do grego “mousaikón”, que possui o significado de algo “obra da musa”. E alguns ainda acabam se referindo a essa arte como “arte musiva”.
Peças de variadas cores são coladas umas próximas das outras para preencher um plano. E nem sempre o desenho formado é algo literal, podendo ser também uma representação. As técnicas usadas nessa arte exigem do artista que se tenha paciência e criatividade. Outra característica importante de um artista que trabalha com mosaico é a atenção aos detalhes.
No Brasil, um exemplo bastante conhecido do uso desse tipo de arte na arquitetura é no caso da calçada de Copacabana, que fica no Rio de Janeiro. Nessa calçada estão pequenas pedras coladas umas ao lado das outras em duas cores, formando uma figura que se estende por um longo trecho. Mas há também como encontrar mosaicos em igrejas, em avenidas, museus, teatros e outros lugares pelo Brasil e pelo mundo.
