A força da mulher na história e na cultura gaúcha inspira a criação dos trajes que as soberanas desfilam durante os seus reinados nas festas típicas regionais espalhadas pelo Rio Grande do Sul. Segundo Caroline Ambrosi, Designer de Moda e especialista na criação e confecção dessas roupas, um dos principais objetivos é provocar sensações. “Os trajes devem causar um impacto visual, serem admirados por sua beleza, tornando-se até mesmo objeto de desejo, mas, principalmente, devem fazer com que as pessoas sintam aconchego, lembrem-se dos antepassados”, explica.
Laís Dupont, Imperatriz da 17ª Fenavinho, que desfila um traje idealizado por Caroline Ambrosi durante o seu reinado, exalta como é compartilhar esse empoderamento com suas Damas de Honra Raiane Conci e Letícia Belisk. “É lindo ver como muitas mulheres se inspiram em nós meninas da Corte. Meu coração foi preenchido de amor durante esse um ano como Imperatriz, ver os olhares femininos de admiração fez com que eu seguisse meu papel com muito empenho”, conta.
O processo de idealização dessas roupas começa por uma pesquisa sobre aspectos do município a ser representado: etnia de origem, cultura, produtos que geram renda na área da agroindústria, histórias do hino e do brasão e o lema da festa naquela edição. Depois, Caroline busca os tecidos e aviamentos que comporão o traje, a fim de que nenhum seja igual a outro já confeccionado.
A Designer explica que o jeito de vestir comunica o estilo individual e pode apresentar a pessoa aos outros antes mesmo de se conversar com ela. O que acontece também em relação a povos e culturas inteiras. Cada região mostra, por meio das roupas típicas, seus princípios, crenças e valores. E são esses aspectos que ela deseja ressaltar em suas criações para as mulheres que representam a soberania feminina herdada das antepassadas nas festas típicas regionais.
“Quero, com minhas criações, fazer com que a mulher se sinta empoderada, destaque sua beleza, mas também traga informações culturais. Cada detalhe é ricamente adornado, formando um trabalho artesanal, exclusivo, único. Exatamente porque cada Soberana é única, tem suas próprias características, que são ressaltadas por suas vestimentas. Criar significa ter muita criatividade, ter originalidade e inspiração constante”, diz Caroline.
A Imperatriz Laís Dupont sente que inspirou e inspira cada mulher que se aproxima dela desde que foi eleita, e exalta a importância dessa representatividade. “Acho muito especial nós mulheres nos apoiarmos, nos incentivarmos e nos elogiarmos. Juntas, sempre seremos mais fortes. O título de Imperatriz me fez perceber que eu era inspiração para muitas mulheres e meninas, e isso fez com que eu me dedicasse muito, pois ser exemplo é algo de muita responsabilidade”.
Escolha da nova corte da Fenavinho
Neste sábado (01), haverá a eleição do novo trio de Soberanas da Fenavinho, que também desfilará criações de Caroline Ambrosi, assim como as atuais candidatas na noite da escolha.A partir das 19h, os portões dos pavilhões serão abertos ao público. São 14 candidatas que disputam a coroa de Imperatriz do Vinho e de Damas de Honra da 18ª Fenavinho, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves.
Em uma solenidade que promete uma programação recheada de emoção e atrações, a nova corte será eleita para promover e divulgar a edição que ocorre de 08 a 18 de junho, junto à 31ª ExpoBento.
Por onde quer que passe, a mulher gaúcha deixa a sua marca. Carrega em sua essência feminina os princípios, crenças e valores que as imigrantes trouxeram de seus países de origem. E tem orgulho de mostrar a sua cultura, as suas tradições, a sua identidade, dentre outras formas, por meio desses trajes, uma releitura do que suas antepassadas usavam. Enfim, quando se pensa em história gaúcha, destaca-se a presença de mulheres fortes, guerreiras, empoderadas, desde as suas raízes até os dias atuais.
Fonte: Graziele Pastore Assessoria de Imprensa.