É por meio da revitalização de um importante prédio histórico de Caxias do Sul que a Palk Business Hub passa a estabelecer uma proposta inovadora para o segmento de gestão patrimonial na região. A marca caxiense oferece um novo conceito de relação entre mercado imobiliário e operadores comerciais dos mais diferentes segmentos, preocupando-se com a concepção de cada projeto de forma muito particular. No caso da edificação que entre 1975 e 2011 abrigou a tradicional Cantina Pão & Vinho, localizada próxima ao Museu Casa de Pedra, no bairro Santa Catarina, a Palk assume um projeto de devolvê-la à comunidade valorizando seu contexto histórico como um novo espaço de lazer enogastronômico.
Quem passa pela esquina das ruas Ludovico Cavinato e Professor Marcos Martini já percebe os tapumes cercando a obra no casarão tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal. Ali estará funcionando, até o início do mês de novembro, um wine bar, mantendo a vocação do prédio erguido por José Andreazza em 1886 e depois consolidado pela família Tonet a partir de 1947. O investimento, entre o restauro e as adaptações por parte dos locatários (o empreendimento também contempla um café cultural, ainda em fase de seleção), gira em torno de R$ 1 milhão, com geração de até 30 empregos diretos a partir das operações. Coube à Palk conduzir toda a negociação necessária entre a família Tonet e os empreendedores que ocuparão o local, além de assumir a integração com uma imobiliária para a venda dos índices construtivos do prédio e com os arquitetos e os gerenciadores de obra.
“A Palk conduz players para o segmento imobiliário, operadores que tenham vocação para determinados segmentos. Uma imobiliária tradicional geralmente oferece uma gama grande de imóveis para quem busca uma locação. Nós fizemos o caminho inverso: buscamos um operador que entendemos ter aderência a determinado imóvel, preocupando-nos com a concepção dos projetos e acompanhamos a gestão do espaço, como se fosse uma curadoria entre locatário e lojista. Entendemos esse fluxo e essa relação”, explica o empresário Luciano Bulla, diretor da Palk Business Hub.
Essa conexão entre o mercado imobiliário e o varejo atende a uma demanda comportamental de busca por serviços agregados. O projeto junto ao prédio da Cantina é direcionado às áreas de lazer, cultural e enogastronômica, mas a gestão patrimonial da Palk também contempla outros segmentos, como varejo e serviços – atualmente, conduz iniciativas comerciais também em Porto Alegre e Florianópolis. No contexto local, a Palk protagoniza o mercado de real estate, que se consolida de forma expressiva com diferentes possibilidades de atuação junto ao setor imobiliário. “É um trabalho que exige muita dedicação, habilidade estratégica e boa capacidade de relacionamento, desde a concepção de cada projeto até a sua edificação, entrega e gestão”, destaca Bulla, administrador com MBA em Gestão Empresarial que por oito anos foi acionista da franquia Croasonho, atuando principalmente na área de expansão da marca. A Palk já desenvolve trabalho de estratégia comercial para o empreendimento Pharos, da incorporadora caxiense Eccel, concebendo mix de operadores e conduzindo as locações para os espaços Pharos Mall (convivência) e o Pharos Corp (área corporativa), a serem entregues nos próximos meses. As novidades contemplam, principalmente, a área gastronômica, segmento para o qual Bulla vislumbra outras iniciativas muito importantes para Caxias.
Revitalização com respeito à memória
“Respeitar o passado para ressignificar o futuro”. A frase está em destaque nos tapumes que cercam o casarão da antiga Cantina Pão & Vinho e resume a concepção do projeto proposto pela Palk Business Hub. O objetivo é mostrar ao público que existe uma relação de respeito com a história do ambiente que por muitos anos foi prestigiado tanto por caxienses quanto por visitantes do complexo turístico composto pelos Pavilhões da Festa da Uva e o Museu Casa de Pedra. A ideia agora é resgatar esses momentos com espaços revitalizados.
“Todo o processo de preservação da história através da arquitetura se valida no momento que a comunidade se apropriar do processo e da valoração do bem. Neste sentido, serão feitas ações de divulgação da história do prédio, a começar pelo próprio tapume, que permitirá acesso a esse material por meio de janelas antigas reais “coladas” lado a lado, gerando elementos que despertem a atenção e a curiosidade dos passantes. Após a conclusão dos trabalhos, a divulgação do conhecimento gerado e da cultura preservada serão publicados em diversos meios, inclusive no próprio edifício restaurado, gerando conhecimento e contribuindo para o respeito à história e à cultura local”, ressaltam os arquitetos Leonardo Bernardi e Carla Todescato, responsáveis técnicos pelo restauro.
Um pouco de história*
A cantina de pedra erguida por José Andreazza em 1896 acompanhou a origem e o auge da vitivinicultura nas primeiras décadas do século XX. Após o falecimento de José, em 1934, a propriedade foi adquirida por Ângelo Tonet, em 1947, que passou a utilizar o imóvel para produzir e comercializar os vinhos Atílio Tonet, marca que se manteve no mercado até os primeiros anos da década de 50.
Por volta de 1975, a produção foi transferida para a Linha 40, e o prédio que abrigava a cantina passou a ser alugado. Foi barbearia, salão de beleza e depósito de sucata, até que naquele mesmo ano as filhas de Ângelo, Colorinda e Marilene, resolveram instalar ali a Cantina Pão e Vinho, que serviu pratos típicos da gastronomia colonial italiana até 2011.
Fonte: Dinâmica / Foto: Daniela Xu e Divulgação