Remover tatuagem dá câncer?
Existe uma crença popular de que “fazer tatuagem é dolorido, mas removê-la é muito mais”. Mas será que além do desconforto esse procedimento também pode trazer algum risco mais sério à nossa pele?
Uma resposta bem direta: a remoção à laser de tatuagem pode sim afetar a pele, mas não há nenhum estudo que comprove maior risco de desenvolvimento de um câncer.
Para “apagar” uma tatuagem, o dermatologista lança mão de um laser de luz intensa que quebra as partículas de tinta depositadas abaixo da pele. Como há um atrito, o nosso sistema imunológico fica em alerta, age e acaba ajudando nesse processo de retirada.
Não podemos garantir que todas os tipos de pele responderão ao tratamento da mesma forma, é claro, e por isso a medicina já registrou efeitos colaterais. Os mais comuns são:
– Bolhas;
– Inchaço;
– Coceira;
– Formação de pequenas crostas temporárias
– Cicatrizes;
– Hiperpigmentação;
– Infecções (raramente)
Como o procedimento é feito no consultório médico, os cuidados são redobrados e há uma avaliação prévia de cada caso, voltada a definir a quantidade de sessões necessárias para trazer segurança e resultados satisfatórios ao paciente.
Se pensarmos bem, na verdade, é possível afirmar que fazer uma tatuagem é até mais “arriscado” do que retirá-la.
Primeiramente, o estúdio precisa ter um tatuador experiente, que domine as técnicas. Além disso, é necessário garantir a esterilização de todos os equipamentos, a qualidade e aprovação da tinta pela Anvisa, o descarte correto dos materiais, a disponibilidade de bancadas de higienização e muito mais. Entende o quanto esse controle é desafiador?
Pense bem antes de escolher a sua. Reflita sobre o seu desejo, a arte, a parte do corpo e o estúdio. Se ainda assim, depois de feito, você mudar de ideia, não se preocupe. Busque um dermatologista da sua confiança e converse sobre as possibilidades de remoção.
Aqui no meu consultório, por exemplo, eu realizo esse tipo de tratamento com o ACROMA QS®, um manípulo aplicador que atende pessoas de 18 a 60 anos, e se adequa muito bem à quebra dos pigmentos azul-escuro, preto, vermelho, laranja, amarelo e verde.
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia.
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