O primeiro animal no espaço foi a cadela Laika. E qual irá ser o primeiro a pisar em Marte? Estudo mostra quais seriam mais adequados.

Marte é um dos planetas mais explorados em nosso sistema solar, sendo o único a receber robôs da NASA com o objetivo de aprimorar a análise de campo. O quarto planeta do nosso sistema solar é, depois da Terra, o mais popular. Além disso, o sonho de colonizá-lo é alimentado quase que desde quando sua exploração começou.

Por conta disso que explorações são sempre feitas. Na exploração do espaço, a cadela Laika foi o primeiro animal terrestre a desbravar o espaço para testar qual era a viabilidade de uma vida terrestre sobreviver ao ambiente fora do planeta. Atualmente, mais de 60 anos depois, já não é necessário mais enviar animais para o espaço para testar os efeitos dele.

Contudo, com o sonho de colonização de Marte irá ser necessário levar animais para o Planeta Vermelho. Mas quais serão os primeiros bichinhos a serem levados?

Colonizar Marte

Foto: Olhar digital

Conforme a exploração espacial vai avançando e a possibilidade de colonizar tanto a lua como Marte fica mais real, algumas questões aparecem, como por exemplo, como criar ecossistemas sustentáveis nesses locais. A NASA já tem planos de estabelecer uma base lunar permanente até o fim da década e depois trabalhar na exploração humana de Marte.

No entanto, para que uma colônia fora da Terra seja estabelecida, irá ser preciso algumas muitas adaptações, dentre elas, a pecuária. Criar animais fora do nosso planeta é uma questão que para ser sanada exigirá muita ciência.

Os animais nas missões servem para além da companhia. Eles podem desempenhar funções vitais, como por exemplo, a polinização feita pelos insetos, ou dar fontes de alimentos, como os camarões e peixes. Mas claro que a adaptação deles a uma menor gravidade é um desafio fundamental.

No caso de Marte, a gravidade é cerca de um terço da da Terra, e a lua é um sexto. Essa mudança pode impactar o desenvolvimento muscular e ósseo dos animais. Por conta disso que dúvidas a respeito de quais espécie seriam mais aptas a prosperar nesses ambientes são levantadas.

O consenso entre a astrobiologia é que existir em ecossistemas fora da Terra ainda é uma coisa exclusiva das obras de ficção científica. Além disso, a falta de consenso a respeito de quais animais iriam ser mais adequados mostra a falta de pesquisas nesse ponto.

A especulação a respeito da colonização da lua e de Marte traz a possibilidade de animais se desenvolverem nesses ambientes. Contudo, a falta de dados a respeito desse cenário deixa várias perguntas sem resposta.

Por exemplo, a gravidade reduzida pode ter efeitos que influenciem de forma negativa o desenvolvimento muscular e ósseo, o que por sua vez impede que os animais se movam de forma adequada. Por conta disso que animais menores, como roedores, e formas de vida aquáticas podem ser as melhores opções para se adaptar a essa gravidade reduzida.

Possibilidade

Foto: Olhar digital

Os candidatos potenciais são os peixes e outros animais aquáticos por conta da sua capacidade de desenvolvimento sustentado pela flutuabilidade e eficiência alimentar.

A viabilidade para criar esses animais não é a única razão. Estudos mostraram que os peixes podem ser uma fonte de alimento eficiente em termos de produção de resíduos, já que são tidos como uma opção com teor proteico alto e com baixo desperdício.

Os peixes não são os únicos animais potenciais. Os insetos, principalmente os grilos, também são uma opção para viver no espaço dando uma fonte acessível e rica de proteínas, além de ocupar menos espaço e consumir menos água do que outras fontes de proteína.

De acordo com a Universidade da Austrália do Sul e a Universidade Internacional do Espaço, na França, insetos, como por exemplo, o grilo doméstico, são uma opção viável e acessível para serem criados em espaços restritos.

Tudo isso mostra que colocar animais nas colonizações fora da Terra é algo intrigante e ao mesmo tempo desafiador. A humanidade ainda está em seu estágio inicial dessa exploração espacial, por isso que a viabilidade dessa prática ainda é incerta.

Conforme os cientistas estudam mais sobre os desafios dos habitats extraterrestres, selecionar de forma cuidadosa os animais é uma peça crucial para que os futuros colonizadores tenham um ecossistema funcional e sustentável para ajudar em suas jornadas fora da Terra.

Fonte: Olhar digital