A busca e afirmação de novos talentos para a música em Caxias do Sul dá o tom do Projeto Amplificador, primeira ação do festival Música de Rua em 2020. O projeto selecionará dez novos artistas entre músicos, rappers, poetas e compositores que atuem ou tenham vontade de se inserir nos segmentos da cultura popular como Funk, RAP, Samba, Pagode ou fusões com outros gêneros musicais. Também há vagas para outros cinco jovens que atuem em áreas como dança de rua, graffiti, design de moda, fotografia e audiovisual.

A direção geral do projeto é do produtor musical Luciano Balen e do rapper e ativista social Chiquinho Divilas. Os critérios para participação no projeto serão potência artística e criativa e perspectiva de engajamento com público presencial e de redes sociais. Será dada preferência a artistas de zonas distintas de Caxias do Sul, buscando uma abrangência geográfica, democratização de acesso e diversidade de alcance.

“A ideia é dar oportunidade à quem deseja trabalhar com Música e prepará-los profissionalmente para os desafios desta carreira” – afirma Balen.

Os selecionados pelo Amplificador produzirão em conjunto um EP Digital com seis músicas, quatro videoclipes, e realizarão cinco shows em conjunto em Caxias do Sul. Eles também receberão formação em áreas afins como dança de rua, graffiti, gestão de carreira e moda urbana. Além dos selecionados, as oficinas serão abertas ao público e terão como meta a contribuição para uma abordagem criativa, associativa e sistêmica, buscando inspirar outros jovens artistas.

Além de potencializar e dar visibilidade a novos e jovens talentos da música popular caxiense, o projeto Amplificador tem como metas promover diálogos estéticos entre diferentes gêneros musicais, reafirmar a produção caxiense no mapa da música brasileira, além de fomentar a criatividade e a inovação através das linguagens da moda urbana, dança de rua, graffiti, música popular e videoclipe.

Conceitualmente, o Amplificador aposta na metacriatividade, termo que sugere ir além da criatividade, na perspectiva da reflexão crítica com e sobre a arte feita pela juventude caxiense. A projeto também abre o diálogo entre as diferentes paisagens sociais e urbanas de Caxias do Sul, buscando a troca e a aproximação entre gêneros musicais e populações historicamente discriminadas.

Ao mesmo tempo, reafirma sua vontade de contribuir para a renovação da cena artística e cultural da cidade, trabalhando em espaços deixados pelo Financiarte, por exemplo. Espera-se, ainda, a melhoria da comunicação entre as comunidades e bairros caxiense, a formação de platéia e a inclusão de diferentes contextos da população à produção cultural.

“O projeto vem para ecoar, equalizar e amplificar as vozes que não são ouvidas, na busca da inserção, diversidade cultural e desenvolvimento humano. Para quem teve a sorte e oportunidade de cantar um rap há 22 anos em um palco singelo no bairro Beltrão de Queiróz, entendo que também podemos ampliar esses espaços e sonhos para essa geração que chega com muitas ideias, valorizando as características étnicas, culturais e representações da juventude caxiense”, diz o rapper Chiquinho Divilas.

Os interessados em participar deverão ser residentes em Caxias do Sul há, no mínimo, dois anos e ter idade máxima de 25 anos. Para participar, devem mandar uma foto pessoal, foto de algum trabalho, vídeo ou música em mp3 ou áudio (no caso de músicos e dançarinos), além de uma frase que justifique o seu desejo de viver de arte.

A seleção desses novos artistas se dará através de inscrição que será feita entre 12 de fevereiro e 15 de março, através do whats 54 9 9692-9555.

Além de Luciano Balen e Chiquinho Divilas, integram a curadoria do projeto a designer Julia Webber, o produtor cultural Robinson Cabral, o DJ Muzak, o produtor multimídia Breno Dallas e o jornalista cultural Carlinhos Santos.

Todas as atividades serão gratuitas. O projeto respeitará a legislação vigente, em especial ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

Fonte: Assessoria de Imprensa / Foto: Reprodução Internet