O Caminhos de Pedra, em Bento Gonçalves, um dos roteiros turísticos mais charmosos da Serra Gaúcha, ganhará uma atração inédita em março de 2020: o Parque Internacional de Esculturas Domadores de Pedra.

Inspirado em Inhotim, Minas Gerais, o projeto a céu aberto vem sendo idealizado há sete anos pelo empresário Tarcísio Michelon, por meio do Instituto Tarcísio Michelon (ITM). O lançamento oficial, que marca o início das obras estruturais do espaço, ocorre no próprio endereço, na tarde de quarta-feira (11), para convidados. A iniciativa está sendo viabilizada através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura pelas empresas Dell Anno, Imobras, Intral, Kidelizz, Moldart e Vinícola Aurora, com apoio da rede de hotéis Dall’Onder e Associação do Caminhos de Pedra. O investimento previsto para esta primeira etapa é de R$ 1 milhão.

Inserido no lote rural de número 60, ao lado do Parque da Ovelha – também de propriedade do empresário –, o terreno de 3,8 hectares já abriga 43 esculturas de pedras basalto – considerada símbolo da região – e granito, algumas com dimensões de mais de três metros de altura. Os monumentos foram esculpidos por artistas nacionais e internacionais, de mais de 20 países, ao longo de quatro edições do Simpósio Internacional de Escultores de Bento Gonçalves (2012, 2013, 2014 e 2016), também promovido pelo ITM. A cada nova edição do evento o Parque Domadores de Pedra será ampliado para a inclusão de 10 novas criações. O local possui, ainda, uma residência típica da colonização italiana, que será revitalizada e abrigará toda a infraestrutura de atendimento do complexo.

“Reunimos 40 escultores de destaque mundial que vieram dar sua contribuição para a arte brasileira. O Parque de Esculturas será o espaço dedicado a perpetuar a arte na pedra numa cidade construída em leito de basalto. Bento Gonçalves será referência internacional”, reforça o empresário Tarcísio Michelon.

A proposta é que o caminho seja autoguiado, porém, haverá a opção de visitas orientadas, com paradas para apreciação das obras. O Parque Internacional de Esculturas Domadores de Pedra também promoverá capacitações culturais, como cursos, oficinas, palestras, exposições itinerantes e workshops, além de atividades recreativas, como piqueniques.

Além da imensa contribuição artística e cultural para a Serra Gaúcha e ao estado do Rio Grande do Sul, preservando também de forma correta as esculturas expostas a cada novo Simpósio, o complexo nasce com o propósito de gerar recursos financeiros para manter e expandir as atividades da escola de música do Instituto Tarcísio Michelon (ITM), fundado em 2008. Sem fins lucrativos, o Instituto foi criado para gerenciar e desenvolver ações socioculturais, como a orquestra filarmônica, o coro e o quinteto de cordas.

Hoje, cerca de 200 crianças e adolescentes, moradores de Bento Gonçalves, frequentam às aulas, e, nestes 11 anos de atividades, já passaram pela entidade mais de 1,5 mil jovens, dos 7 aos 18 anos. Atualmente, 70% dos professores da orquestra foram formados pelo próprio ITM.

“Nós não estamos trabalhando para formar músicos, mas para formar novos cidadãos. Queremos que os jovens em vulnerabilidade social tenham oportunidades, que se sintam também parte do todo. Muitos dos alunos que passaram pelo ITM hoje estão estudando em universidades federais, bem estabelecidos em grandes empresas, projetando suas carreiras profissionais para o futuro. É isso que queremos, ajudá-los a encontrar seus caminhos e que tenham percepção que todos são capazes de conquistar seus sonhos”, explica Angela Martins, diretora executiva do Instituto Tarcísio Michelon.

O PROJETO ARQUITETÔNICO
Combinando arte, cultura e natureza, o escritório Mov.In Arquitetos, dos gaúchos Francisco Tubino, Guilherme Busin e Matheus Stringhini, assina o projeto e a concepção do Parque Internacional de Esculturas Domadores de Pedra, com colaboração do arquiteto Fernando Oltramari – responsável pela revitalização dos estabelecimentos do roteiro Caminhos de Pedra –, e curadoria de Mario Cladera, artista plástico e membro diretor da Associação dos Escultores do Rio Grande do Sul.

O design teve a missão de fortalecer o valor histórico da região, preservando a topografia do terreno, naturalmente linear e inclinada. O resultado será um Parque com circulação suave, permitindo aos apreciadores atravessar facilmente a área principal.

Em 1.058 metros, que aumentará de forma progressiva com a inclusão de novas obras, o visitante fará o trajeto em meio a um verdadeiro jardim. O percurso criará uma experiência tridimensional através da composição de diferentes níveis. As linhas de circulação se cruzarão através de rampas e escadarias que direcionam às plataformas onde as esculturas estarão expostas, facilitando a mobilidade e locomoção na propriedade.

A obra do Parque Internacional de Esculturas Domadores de Pedra terá soluções sustentáveis na infraestrutura, nos materiais construtivos e na utilização de água e energia.

Fonte: Lato Sensu Comunicação / Foto: Divulgação