Entenda o fenômeno e o que isso pode significar
Da mesma forma que a Terra, o Sol possui polos magnéticos Norte e Sul. No entanto, ao contrário da Terra, que experimenta inversões polares ao longo de centenas de milhares de anos, o rearranjo magnético do Sol ocorre a cada aproximadamente 11 anos. A última ocorrência desse fenômeno foi registrada em 2013, e agora chegou novamente o momento desse evento cíclico.
De acordo com informações do site Vox, embora o ciclo solar tenha um impacto mínimo no clima terrestre, é o período que antecede a inversão que pode gerar preocupações. Antes da reversão dos polos, observa-se um aumento na atividade magnética na superfície do Sol. Atualmente, estamos testemunhando um período de intensa atividade solar, como destacou Paul Charbonneau, físico solar da Universidade de Montreal: “Estamos realmente vendo o Sol mais ativo do que provavelmente tem sido em cerca de 20 anos”.
O motivo de maior preocupação reside nas ejeções de massa coronal, também conhecidas como tempestades solares. Caso essas tempestades alcancem a Terra, elas têm o potencial de perturbar satélites de comunicação em órbita. Apesar disso, os cientistas afirmam que o atual período ativo no ciclo solar não representa perigo iminente. Pelo contrário, oferece oportunidades significativas para pesquisadores estudarem detalhadamente o Sol.
Nesse sentido, os cientistas podem avançar em duas frentes: primeiro, aprimorar as previsões sobre quando uma tempestade solar pode afetar a Terra e espaçonaves, especialmente diante do impulso das missões tripuladas ao espaço; segundo, aprofundar o entendimento sobre o misterioso interior do Sol, contribuindo para a compreensão de outras estrelas no universo e até mesmo da origem da vida.