A cultura hip hop e seus elementos são referência para a edição de 2025 do projeto Tratado De Paz. Idealizado pelo rapper e escritor Chiquinho Divilas o projeto já passou pela Escola Municipal Leonel Brizola com diversas atividades junto aos estudantes. Nesta semana, a partir desta terça-feira, dia 01 de abril, é a vez das escolas municipais Fioravante Weber e Caldas Junior. Depois, o projeto segue na EMEF Abramo Pezzi e Luiz Covolan. A iniciativa tem apoio cultural da Fundação Marcopolo.
Com 15 atividades realizadas em cada escola durante três dias, resultando em 65 ações nesta edição, o Tratado de Paz faz referência ao histórico Tratado de Paz, firmado em 07 de dezembro de 1971, no Bronx, em Nova York, quando as gangues que rivalizavam decidiram “dar um tempo” na violência e pensar em outras formas de convívio naquele território. É sob esta perspectiva que a proposta apresenta palestras, bate-papos sobre temas ligados à juventude, como as redes sociais e emergência climática, por exemplo, além de oficinas de breaking, batalha de rima, grafite, DJ e Pajada. Durante as atividades, os alunos que participam das oficinas de Rima e Pajada também gravam uma música s ob orientação de Divilas e do acordeonista Rafael De Boni.
O final das atividades prevê um fechamento com show do projeto Rapajador, de Chiquinho Divilas, Rafael De Boni e DJ Hood, mais as apresentações de dança e a realização de um grafite feito pelos alunos que participaram da oficina. Também é feita a entrega da bandeira da paz, simbolizando a passagem do projeto pela escola e firmando um compromisso dos alunos com esta causa.
No contexto da mobilização e provocação dos estudantes para pensar sobre as suas realidades e tendo os recursos artísticos dos elementos da cultura hip hop, o Tratado de Paz busca promover a cultura da paz em possíveis espaços de conflito na cidade. Além disso, instiga os jovens a descobrirem linguagens e manifestações de arte que, talvez, possam ser uma alternativa de profissionalização.
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“Tratado de Paz é mais do que oficinas e eventos. É uma missão. Entramos nas escolas como desarmadores de bombas, cortando fios invisíveis antes que explodam em abandono e violência. Cada rima lançada, cada passo de dança, cada traço no muro tem um propósito: evitar que a evasão escolar se torne a única saída. Propor paz em diferentes espaços de conflito. E não será de um dia para outro. Defender escola pública e professores é obrigação da sociedade. Afinal, de quem é a escola pública?”, destaca Chiquinho Divilas.
O Tratado de Paz deriva de outras experiências como o projeto Cultura Hip Hop Nas Escolas, que ganhou o prêmio Educação RS 2019 (Sinpro/RS) e, no mesmo ano, conquistou o Prêmio Brasil Criativo na categoria Música. Já o RAPajador recebeu a menção honrosa na Categoria Demandas Complexas ou Coletivas, do Prêmio Conciliar é Legal, na sede do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em Brasília, pelo projeto (R).(A).(P). na Socioeducação – RAP, Adolescentes e Pajada.
O projeto Tratado de Paz é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, da Secretaria de Cultura de Caxias do Sul, com Apoio Cultural da Fundação Marcopolo.
