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Gaúchos podem colaborar com obra de arte coletiva para a 30ª Conferência da ONU

Foto: Lançamento da cabine Maré/Créditos felipe.alberto.s e dunasfilmes
Foto: Lançamento da cabine Maré/Créditos felipe.alberto.s e dunasfilmes

Desde que viveu uma das maiores tragédias climáticas já registradas no país, em maio de 2024, o Rio Grande do Sul se tornou um símbolo sobre os impactos da destruição do planeta na vida real da população. E as histórias dos moradores serão registradas pela programação “Vidas, Vozes e Saberes em um Mundo em Chamas”, do Museu da Pessoa e tem como curador convidado o escritor, filósofo e líder indígena Ailton Krenak. A programação é composta por um conjunto de ações, organizadas em oito movimentos pelo país, e, no Rio Grande do Sul, o Museu da Cultura Hip Hop RS foi o local escolhido para receber a ação.

De 27 de junho a 6 de julho, a população gaúcha poderá contar as suas experiências na Cabine Manto, no Museu da Cultura Hip Hop RS, que conta com duas atividades abertas ao público. 

A primeira é a produção coletiva de um Manto feito por mãos de pessoas de diversos estados brasileiros, que será produzido a partir de oficinas e com resíduos encontrados em várias localidades. Este manto será exposto em Belém (PA) a partir de outubro e também em novembro, quando acontece a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30)

Já a Cabine Manto é um espaço interativo onde a população é convidada a contar relatos e lembranças, em até três minutos, sobre como as mudanças climáticas já interferem no seu cotidiano ou marcaram algum acontecimento da sua vida. As histórias estarão disponíveis em uma coleção dedicada na plataforma do Museu. 

A ação acontece de 27 de junho a 6 de julho, no Museu da Cultura Hip Hop RS localizado na rua Parque dos Nativos, número 545, na Vila Ipiranga. O Museu funciona de terça-feira a sábado, das 9h às 12h e das 14h às 17h. A visitação e a participação são gratuitas.

Sobre o Museu da Cultura Hip Hop RS

Inaugurado no ano do cinquentenário do hip hop no mundo, o Museu da Cultura Hip Hop RS é o primeiro na América Latina dedicado ao movimento. Com um espaço de quatro mil metros quadrados, o Museu é uma iniciativa coletiva da Associação da Cultura Hip Hop de Esteio, e objetiva o fortalecimento de outros estados brasileiros para criação de museus, organizando uma rede capaz de construir o Museu Brasileiro da Cultura Hip Hop nos próximos cinco anos. O complexo reúne cerca de seis mil itens de acervo físico e digital sobre a história do hip hop gaúcho. Inspirado no The Universal Hip Hop Museum nos Estados Unidos, conta com salas expositivas, atelier de oficinas, café, loja, estufa agroecológica, biblioteca, estúdio musical, multipalco e a Quadra Petrobras. O Museu da Cultura Hip Hop do RS tem financiamento da Lei Rouanet, patrocínio master da Petrobras e patrocínio da Neoenergia. Realização do Ministério da Cultura, Governo Federal, União e Reconstrução. Mais informações estão disponíveis no Instagram @museuhiphoprs. 

Sobre o Museu da Pessoa

O Museu da Pessoa (museudapessoa.org) é um museu virtual e colaborativo que desde 1991 atua para que toda e qualquer pessoa da sociedade tenha o direito de registrar, preservar e compartilhar suas histórias. O propósito do Museu é inspirar, provocar e transformar a sociedade por meio das histórias de vida. São mais de 20 mil histórias de vida e 60 mil fotos e documentos catalogados e acessíveis, online e gratuitamente, a todas as pessoas que podem conhecer outras histórias e também registrar as suas próprias vivências. Em 2024, foram mais de 800 mil visitantes únicos. 

A programação 2025 do Museu da Pessoa apresenta o tema Vidas, Vozes e Saberes em um Mundo em Chamas e tem como curador convidado o escritor, filósofo e líder indígena Ailton Krenak. A programação é composta por um conjunto de ações, organizadas em oito movimentos pelo país, que partem de uma perspectiva biocêntrica sobre o valor e o direito à vida, seja ela humana e não humana. A programação culminará em um manto de narrativas e de resíduos, tecido a muitas mãos que integrará a exposição a ser apresentada em Belém (PA), antes e durante a COP 30.