Praticante de um estilo de administração que preza pela responsabilidade financeira aliada à eficiência da gestão colaborativa, o presidente do Grêmio Football Porto-Alegrense, Romildo Bolzan Júnior, palestrou no Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves na quinta-feira (25) e expôs a evolução gremista em termos administrativos e desportivos durante o período de seus dois mandatos a frente do clube.

Marca mais valiosa do país, entre os clubes fora do eixo Rio-São Paulo, o Grêmio viu crescer de maneira impressionante o número de conquistas, tanto fora quanto dentro de campo, nos últimos anos. Grande parte desse sucesso se deve à gestão vitoriosa de Bolzan. Desde 2015 no comando do tricolor gaúcho, o mandatário destacou os momentos de instabilidade no começo de sua primeira gestão e os esforços para readequar a situação econômica do clube. “Assumi o Grêmio com dois desafios principais: suceder um dos maiores presidentes da história do clube, Fábio Koff, e lidar com a transição do antigo estádio Olímpico para a nossa nova casa, a Arena”, recordou.

Esse contexto exigiu uma verdadeira reformulação nas políticas internas para que o equilíbrio nas contas pudesse ser concretizado. “Foi uma decisão muito difícil: priorizar o financeiro e promover mudanças no futebol, mas sempre mantive a convicção de estar no caminho certo. Nunca decido sozinho, sempre em conjunto. Isso faz toda a diferença”, garantiu.

Bolzan destaca, também, o projeto defendido dentro do clube para que haja a manutenção do equilíbrio financeiro. “Estar em dia com o financeiro, com quitação de salários dos funcionários e atletas, é primordial para que tenhamos um ambiente que passe confiança e credibilidade. Por isso, nossa meta é fazermos um Grêmio que jamais oscile, que sempre tenha condições de disputar títulos com responsabilidade administrativa”, reforçou.

A gestão gremista em números
Ao apresentar a crescente que as finanças do clube obtiveram ao longo dos mandatos, Romildo Bolzan enfatizou o salto de R$ 206 milhões para R$ 402 mi em receita bruta nos últimos quatro anos. Os dados mais recentes evidenciam um aumento de 391% no lucro líquido do clube de 2017 para 2018 – embalado, de forma especial, pela vitrine do tricampeonato da Copa Libertadores da América, da venda de jogadores para o futebol do exterior, da diminuição de custos em sua gestão e do redirecionamento das cotas de TV. Outro elemento que contribuiu para a melhora nas contas foi a redução de 67% das dívidas bancárias nos dois últimos anos.

Tudo isso elevou o valor da marca: avaliado em R$ 224,6 mi em 2011, o Grêmio saltou para R$ 706,8 mi em 2017, atingindo a quinta posição no ranking nacional – atrás apenas de times do Rio de Janeiro e de São Paulo. “Nossa meta é aumentar para R$ 800 milhões em 2019 e consolidarmos essa posição”, afirma o presidente.

O reflexo positivo veio, de forma especial, nas vendas em produtos licenciados. De acordo com a consultoria paulista Sports Value, o tricolor supera todos os demais times brasileiros a ponto de obter uma receita de R$ 18 mi em produtos licenciados – com mais de dois mil itens em comercialização.

O quadro social foi outro ponto listado por Bolzan como propulsor de receita: com quase 90 mil sócios ao final de 2018, o capital de giro subiu para R$ 74 milhões – o maior em quatro anos, quando atingia R$ 45,5 mi em 2015. “O Grêmio é o clube que mais arrecada com o quadro social. E nossa expetativa é chegarmos aos R$ 140 milhões ao ano”, enfatizou.

Movidas, entre outros fatores, pela paixão de seu torcedor, as redes sociais do clube também projetam altos índices: com mais de um milhão de visitas ao site oficial por mês, o Grêmio acumula três milhões de curtidas no Facebook, 2,6 milhões de seguidores no Twitter e 1,1 milhões no Instagram.

Reflexo dentro de campo
Sob a administração de Bolzan, o time conquistou os principais títulos que disputou: a Copa do Brasil, em 2016, a Copa Libertadores, em 2017, a Recopa Sul-Americana, em 2018, e dois Campeonatos Gaúchos de forma consecutiva, em 2018 e 2019. Venda de atletas que se destacaram e a contratação de peças para reposição alia o administrativo com as necessidades do departamento de futebol. “Não dá para imaginar um clube com uma boa gestão não reverter em campo”, comentou.

Apoio a exemplos de gestões bem-sucedidas
Ciente do desafio que a entidade tem em promover encontros que proporcionem troca de conhecimento interdisciplinar, inspirando a classe empresarial bento-gonçalvense, o presidente do CIC-BG, Elton Paulo Gialdi, reforçou a validade de refletir e investir em gestão para quem busca a prosperidade de um negócio. “O princípio da gestão qualificada é válido para qualquer tipo de organização. Quem lidera, seja um clube, uma empresa, uma entidade, carrega a principal responsabilidade de todas, que é a de obter resultados. Para isso, é preciso ter uma boa gestão. Romildo é um grande expoente disso, motivo pelo qual, na minha opinião, ele é o maior craque do clube gremista”, destacou.

Fonte: Exata Comunicação / Foto: Divulgação Exata