Cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) encontraram evidências de que Marte possui água suficiente para formar um oceano raso na superfície. A quantidade encontrada daria para encher o Mar Vermelho da Terra.
A água está localizada na região conhecida como Formação Medusae Fossae (MFF). Ela estaria congelada em placas que se estendem por até 3,7 quilômetros abaixo do solo e ainda estão cobertas por uma camada de poeira de muitos metros de espessura.
Os cientistas ainda não sabem a origem desses depósitos de água nem há quanto tempo eles se formaram. Se comprovado que se trata de gelo de água, esses depósitos enormes poderiam mudar radicalmente nossa compreensão da história climática do planeta.
Essa foi a maior quantidade de água já encontrada no planeta. – Foto: reprodução/ ESA
Um oceano em Marte
Já sabemos que Marte é um planeta que tem água, mas nunca tinham encontrado o recurso em uma quantidade tão grande.
Os depósitos de água formariam um imenso oceano com profundidade entre 1,5 e 2,7 metros.
Os cientistas ainda querem saber há quanto tempo se formaram e como era Marte antes disso.
Seria difícil para acessar
O único porém é que essa água deve estar congelada, e infelizmente, não é algo que poderíamos acessar facilmente.
Isso porque além de estar enterrada a centenas de metros abaixo da superfície, ainda é coberta por camadas de poeira.
Mas ter essa localização já ajuda a saber onde podem ser feitas futuras extrações.
Expectativas para próximos estudos
Nenhum tipo de água líquida foi encontrada no planeta vermelho ainda.
Mas mesmo sendo congeladas, a descoberta de mais água é animadora para futuras missões tripuladas a Marte.
“Qualquer reservatório de água antiga seria um alvo fascinante para a humanidade ou para a exploração robótica”, disse o cientista planetário da ESA, Colin Wilson.
Água é tudo!
A água é essencial para a sobrevivência humana e poderia ser usada para suprir as necessidades dos astronautas durante suas estadias no planeta vermelho.
Agora, os cientistas terão que explorar outras regiões para encontrar água mais acessível.
Fonte: ESA