Concebido pelo Instituto SAMbA, o Projeto Samba Território-Residência de Artista traz a Caxias do Sul no mês de agosto o artista maranhense Romildo Rocha. Ele participará de uma residência artística no Instituto. Em setembro será a vez de o artista pernambucano Bozó Bacamarte vir. Além das residências, os dois produzirão obras na sede do SAMbA e participarão de atividades com estudantes da rede pública de ensino. A proposta inclui ainda e produção de lambes e fanzine, dentre outras ações que aproximam a cultura popular e as artes urbanas na cidade.
Focando a arte popular brasileira de temática nordestina, tendo a xilogravura como referência estética e atento às linguagens do grafite e dos murais como meio de expressão e suporte das obras dos dois artistas convidados, a nova ação cultural do Instituto SAMbA tem diversas frentes de ação.
O Samba Território-Residência inclui os estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Ester Justina Troian Benvenutti. Nas atividades das aulas de Arte realizadas, os alunos do nono ano estudaram a obra de Rocha e Bozó, arte popular e arte urbana e seus contextos. Um encontro on-line entre os artistas e os estudantes está na agenda. Eles também aprenderão a fazer lambes que serão transformados em painéis na rodoviária de Caxias do Sul.
Os artistas urbanos caxienses Fernanda Rieta e Maurício Pesk, que integram o Coletivo Rua, grupo ligado às artes urbanas locais, também participam do projeto para ações teóricas e práticas com os estudantes caxienses de acordo com seus vetores de ação e procedimentos sócio-educativos com jovens e crianças. Eles também contribuirão para a produção de fanzines, que farão um registro dessa residência artística. Os zines serão distribuídos de forma gratuita para a comunidade. O material conterá entrevistas e registros escritos e visuais do projeto.
O registro audiovisual de toda essa imersão será feito pelo fotógrafo e produtor Rafael Willms. A ideia é ter sons e imagens, impressões e relatos dos agentes envolvidos no projeto e dos diferentes momentos e contextos desses processos. De caráter documental, na perspectiva dos conceitos de territorialidade e percurso já exercitados em outra ações do Instituto SAMbA, os vídeos integrarão o acervo da instituição como registro e memória dessas atividades.
Conceitualmente, o Projeto Samba Território-Residência de Artista aposta na ideia de ocupação do espaço urbano e segue investigando as diferentes estéticas que a xilogravura assume na contemporaneidade a partir das linguagens do grafite e dos murais das artes urbanas, em sintonia com o universo de criação de Romildo Rocha e Bozó Bacamarte.
No contexto geral, a proposta reforça a ação do Instituto SAMbA entorno da arte popular e das artes urbanas, que incluí a vinda do artista Derlon e a realização de um mural fachada da sede do Instituto, bem como viagens de intercâmbio como a visita aos xilogravuristas J. Borges, na região do Caruaru (PE), e Antônio Marinho, em São Luís do Maranhão, realizadas em 2018, dentre outras atividades institucionais.
Romildo Rocha:
Residente na Vila Embratel, em São Luis do Maranhão, Romildo Rocha, 30 anos, é designer formado e tem uma atuação nas artes urbanas maranhenses em projetos como o Cores da Vila. Em sua trajetória, a arte popular e a xilogravura de Airton Marinho são referências estéticas fundamentais.
Bozó Bacamarte:
O artista pernambucano tem uma poética visual carregada de signos e simbologias do imaginário popular. Nascido em Olinda, iniciou sua carreira grafitando ruas e ladeiras. Cria tendo referências estéticas René Magritte, Os Gêmeos, Banksy e Samico.
Contatos para entrevista: Jéssica De Carli (54) 9 9909-9810
Fonte: Assessoria de Imprensa / Foto: Reprodução Internet