Fisiologista aponta ferramentas práticas para lidar com o estresse

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O estresse é um mecanismo fisiológico. Graças a ele, o corpo se prepara para agir de forma física e emocional em situações adversas, deixando-o em estado de alerta e sendo o responsável por respostas rápidas e precisas. Apesar disso, quando o estresse se torna crônico, as consequências passam a ser negativas, já que o quadro favorece não apenas o adoecimento psicológico, como é fator desencadeante de doenças graves, como as cardiovasculares.

Segundo um levantamento do International Stress Management Association, o Brasil é o segundo país mais estressado do mundo, perdendo apenas para o Japão. Especialista em fisiologia em meditação, Débora Garcia explica que os efeitos do estresse são, no geral, cumulativos e podem aparecer meses após o episódio. “O fato de os efeitos não serem imediatos faz com que a pessoa só perceba que a situação de estresse prolongado está adoecendo corpo e mente quando os sintomas surgem”, alerta.

No estado de estresse, o organismo aumenta a liberação de cortisol e adrenalina na corrente sanguínea, o que provoca queda de imunidade e aumento de arritmia cardíaca e pressão arterial a longo prazo. “De início, alterações sutis de concentração, como pensamentos distantes e conturbados, assim como sentimentos de impotências podem ser notadas. Problemas relacionado ao sono e também mudanças negativas na alimentação, que tende a ser mais gordurosas ou com apelo para doces devido o acionamento dos hormônios do prazer, são outros fatores que podem denunciar altas cargas de estresse diário”, aponta Débora Garcia.

Para evitar problemas relacionados ao estresse prolongado, a especialista em fisiologia e meditação Débora Garcia, separou algumas dicas práticas para evitar esse quadro nocivo à saúde do corpo e da mente:

Defina prioridades

Estar sobrecarregado é um dos fatores que mais gera estresse, em especial em uma época onde tempo significa trabalho e dinheiro. Por isso, a recomendação da especialista em fisiologia Débora Garcia é definir, antes de qualquer coisa, quais são as prioridades. Desta forma, além de se organizar, a pessoa passa a ocupar a cabeça e o tempo apenas com aquilo que faz sentido para o momento, o que evita a ansiedade por tarefas não feitas, por exemplo.

Evite autocobranças

Além de se organizar, é preciso ser realista com capacidades e limitações. “Autocrítica em excesso pode condicionar a pessoa a quadros deprimidos e ansiosos, por isso é necessário encontrar o equilíbrio entre a vontade de dar o seu melhor e a necessidade irreal de sempre fazer tudo de forma perfeita, rápida e altamente eficiente”, pontua Débora Garcia.

Tenha momentos relaxantes

É preciso aprender a descansar. Na rotina, é importante separar não apenas o momento das obrigações como também espaços de tempo livre onde a pessoa possa ler um livro, ver um filme, ou fazer alguma atividade que lhe cause bem-estar. “Há quem goste de colocar práticas esportivas nesses momentos, o que favorece ainda mais a saúde corporal e mental, já que há liberação de endorfina quando o corpo está em movimento”, relembra a fisiologista.

Mantenha-se em equilíbrio

O combo comer, dormir e se exercitar é uma receita potente de prevenção. No caso do estresse prolongado, se ater a essa rotina saudável também pode ajudar a lidar melhor com as cobranças do dia a dia. “Se necessário, procure a ajuda de um profissional para equilibrar o estresse. O importante é não deixar que ele tome conta e cause malefícios ao organismo”, diz.