A tecnologia está ajudando cada vez no tratamento de diversas doenças como o câncer no cérebro sem a necessidade de cirurgias. Hoje temos mais uma pesquisa onde um programa genético pode ter indicado uma forma de proteger neurônios da degeneração, evitando assim o mal de Alzheimer.
Coordenado por pesquisadores da Universidade de Bonn, na Alemanha, o estudo descobriu um programa genético responsável pelo desenvolvimento dos neurônios na mosca-da-fruta. O gene chamado de WNK é o responsável por conectar os neurônios por meio dos axônios durante o desenvolvimento do sistema nervoso, além de proteger essas estruturas em indivíduos adultos.
Sem a proteína WNK, os ramos axonal funcionais estão em grande parte ausentes. Para facilitar a compreensão, é possível ver como o axônio é essencial para que os neurônios comuniquem-se entre si no cérebro:
Os estudos ainda indicaram que, quando o gene WNK é desativado em indivíduos adultos, o axônio dos neurônios se enfraquece até se desconectar, prejudicando assim a sua atividade e provocando a degeneração do sistema nervoso.
Especialistas afirmam ainda que, embora o cérebro da mosca-da-fruta tenha muito menos neurônios e muitas diferenças em relação ao humano, é possível que a pesquisa forneça dados essenciais para ajudar a combater doenças como o mal de Alzheimer, pois o nosso organismo também contém o gene WNK com a mesma função.
“Também é sabido que certas mutações WNK em humanos levam a danos nos nervos, chamados neuropatia periférica, que é acompanhada por distúrbios sensoriais progressivos nos braços e pernas”, disse Dietmar Schmucker, que lidera do estudo.
Por fim, o Schumucker espera que seja possível utilizar o tratamento via “quinase WNK” para combater doenças neurodegenerativas em humanos e outros mamíferos. Atualmente o estudo analisa como este tratamento surte efeito no sapo de garras ocidentais “Xenopus tropicalis”, que tem uma estrutura cerebral mais similar a nossa.
Fonte: Tudocelular / Foto: Reprodução Internet