Ismael Sebben é o Escritor Homenageado da 39ª Feira do Livro de Bento Gonçalves e terá seu momento especial dentro da programação da feira para o lançamento do seu segundo livro, “Cemitério de Vagões e Outros contos”, publicado pela Editora Bestiário/ POA.
Livro de contos com 21 histórias terá sessão de autógrafos neste sábado (19), às 16h30, na Via Del Vino, centro de Bento Gonçalves. Os amantes de livros e literatura e toda comunidade regional está convidada a prestigiar o reconhecido professor das esferas pública e privada.
Para Sebben, a arte do conto lhe atrai no sentido. “Gosto da concisão do conto, poucos ambientes, poucas personagens, geralmente, um conflito, por isso, desafiante”, pontua.
HOMENAGEADO DA FEIRA
Ismael comenta que a literatura entrou na sua vida na escola e nunca mais o abandonou. Foram vivências totais e transcendentais que o levou a buscar diversas formas de literatura e do encantamento da escrita.
Após a escola, em sua trajetória veio a convivência com o Grupo Sinagoga e os Poetas da Praça Zen, de Bento Gonçalves. Depois, buscou inspiração em outros ares literários quando se formou ator e entrou em contato com textos teatrais. Em seguida, tem-se a formação em Letras, onde estudou profundamente diversas vertentes da Literatura, e dando continuidade, realizou uma Pós-Graduação na área.
Mas o escritor pulsa e quer emergir, existir, enfim, escrever. Sua entrada na literatura ocorreu em 2020, quando lançou “Perfume e Moscas”, que foi contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura e foi finalista dos Prêmios Literários AGES e Minuano.
Ismael Sebben já esteve envolvido em outras atividades referentes à Feira do Livro. Para ele, o evento traz um forte sentimento de amizade.
“Há anos participo da Feira, seja como escritor, mediador e, por dois anos, fiz parte da comissão organizadora, portanto, sei bem do trabalho realizado atrás dos palcos. Ser homenageado me faz parte desse grupo mais uma vez. Pretendo trocar experiências com quem escreve, leitores e livreiros. Significa estar com amigos e amigas”, afirma.
Professor de Literatura na rede pública e privada, Ismael destaca sobre como a presença das narrativas na escola podem despertar o interesse dos alunos.
“A escola nos apresenta um cardápio de ‘Coisas para ser e fazer na vida’, e é a partir disso que vamos construindo nossos gostos e preferências. A literatura está nesse cardápio. Os anos inicias e a família são os principais responsáveis pela aquisição do hábito da leitura, mas não os únicos responsáveis. Digo isso, pois é o momento em que, salvo engano, os estudantes estão mais abertos para receberem ideias. É difícil dizer como e quando a literatura pode aparecer, dar um sacode, um estalo na vida de alguém e fazer com que se perceba a diferença de viver com e sem a literatura, mas, as probabilidades de que seja na escola, são grandes”, pontua.
