Pegar a estrada é uma marca dos artistas. É o que vão fazer os acordeonistas Rafael De Boni e Gilney Bertussi com o projeto Nossa Música Entre Causos e Gaitas. Na próxima semana, dias 6 e 7 de outubro, eles estarão em Lajeado e Estrela para mostrar histórias e músicas da tradição da Família Bertussi, referência na musicalidade serrana e ícones respeitados Brasil afora. Além das apresentações, também são realizadas oficinas focadas no ritmo do bugio. A circulação é feita com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB).
Nesta nova fase do projeto que já esteve em escolas de Caxias do Sul, Apae e Apadev, o projeto chegará em Lajeado na segunda-feira, dia 6 de outubro, com apresentação e oficina pela manhã na Escola Alfredo Chaves. À tarde, as mesmas atividades serão realizadas na Escola Santo Antônio. Já na terça-feira, dia 7, o Nossa Música Entre Causos e Gaitas segue para Estrela, com apresentação e oficinas pela manhã e à tarde na Escola 20 de Maio.
Os encontros que reúnem os acordeonistas Gilney Bertussi e Rafael De Boni têm palestras musicadas e oficinas de música que mostram aos estudantes o ritmo do bugio, que é referência na música serrana feita pelos Irmãos Bertussi.
As atividades nas escolas começam com uma palestra com histórias e músicas da família Bertussi tendo no palco o herdeiro dessa tradição, Gilney Bertussi, filho de Adelar e neto de Fioravante Bertussi. Ele e Rafael De Boni dividem a apresentação, tocando, contando causos, buscando a interação com os estudantes.
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Depois, Rafael De Boni coordena uma oficina de música movida pela sonoridade do bugio na qual os alunos experimentam tocar diferentes instrumentos e aprendem mais sobre produção musical. Para fechar a atividade, em cada escola será feita uma gravação para a música “O Casamento da Doralice”, primeiro bugio gravado pelos Irmãos Bertussi, em 1956.
Como vem acontecendo desde as suas primeiras atividades, o Nossa Música Entre Causos e Gaitas busca levar ao ambiente escolar novas informações culturais, com atividades artísticas e didáticas que apresentam às novas gerações contextos históricos sobre a música feita na Serra Gaúcha e os nomes importantes dessa trajetória. O projeto também se insere nas políticas de acessibilidade, contando com intérprete de libras, além de autodescrição dos artistas e descrição do cenário.
Vale lembrar que, desde agosto, o bugio foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio Grande do Sul, dando ainda mais relevância ao Nossa Música Entre Causos e Gaitas, que já chegou a mais de três mil estudantes caxienses. O projeto é produzido pela De Boni Produções e Benov Produções – Política Nacional Aldir Blanc – Financiamento Secretaria de Cultura do RS – Sedac Rs – Procultura RS.
