Créditos: Imagem Ilustrativa (Reprodução/Freepik)
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O mercado musical passou por transformações muito intensas em 2025, impulsionadas principalmente pelo comportamento do público nas redes sociais e pelo avanço dos algoritmos das plataformas de streaming.

De acordo com Jeff Nuno, CEO da LUJO NETWORK e especialista em distribuição digital musical, é preciso ficar de olho nas novas tendências que têm surgido e se reforçado para entender os próximos movimentos do mercado musical.

“Algumas tendências já fazem parte do dia a dia como a força do TikTok, coreografias virais, refrões mais curtos e altamente repetitivos e colaborações entre artistas de gêneros distintos dominaram os rankings e moldaram o consumo musical”.

“Em 2025, músicas pensadas para vídeos curtos ganharam uma grande vantagem competitiva em relação a faixas maiores. Canções com início impactante, refrões “chiclete” e trechos facilmente recortáveis se destacaram nas plataformas”, afirma.

Dancinhas e feats: Uma dupla de sucesso

As dancinhas continuaram sendo um motor de descoberta, enquanto feats entre artistas de estilos diferentes ampliaram o alcance para públicos diversos, criando pontes entre gêneros como pop, funk, eletrônico, sertanejo e rap.

Para o ano de 2026, a tendência é de uma sofisticação desse modelo. O TikTok segue sendo uma plataforma bastante relevante, mas o mercado passa a valorizar mais a retenção do ouvinte do que apenas o viral momentâneo.

“Os algoritmos estão cada vez mais atentos ao comportamento de escuta completa, repetição e engajamento real, não só ao pico inicial como era feito anteriormente, a disputa agora não é por chamar a atenção, é por mantê-la”, explica Jeff Nuno.

“Outro ponto importante para ficar bem de olho é o uso de IA, nos iremos vê-la cada vez mais como uma ferramenta auxiliar, tanto na produção da faixa em si, como em capas, clipes, etc., esse ponto tende a estar muito presente tanto em 2026 como nos próximos anos, tanto que reforça o seu uso, quanto pelo lado de quem se posiciona contra o seu uso”, destaca.

Identidade é o grande diferencial

Outro ponto de atenção para 2026 é o fortalecimento da identidade artística. Em meio a tantos lançamentos, artistas que constroem narrativa, estética e consistência tendem a se destacar mais do que aqueles que apostam apenas em tendências passageiras.

“A profissionalização da distribuição e o uso estratégico de dados ganham ainda mais peso nesse cenário”, reforça Jeff Nuno.

Além disso, colaborações devem continuar em alta, mas com foco maior em afinidade artística e estratégia de mercado, e não apenas em números. O público demonstra maior interesse por projetos autênticos, enquanto as plataformas favorecem carreiras com crescimento sustentável.

“Quem observa o que funcionou melhor em 2025 e ajusta a sua estratégia para o ano de 2026 sai na frente. O mercado continua aberto, mas cada vez mais técnico, competitivo e orientado por dados”, conclui Jeff Nuno.