Para que apreciadores de todas as regiões do país possam erguer suas taças e brindar o Dia do Enólogo e do Espumante Brasileiro (celebrados em 22 de outubro) com bebidas de extrema qualidade, um longo caminho foi percorrido pela enologia no Brasil, e principalmente pelas vinícolas especializadas na elaboração desse tipo de produto.
Essa história começou na década de 1910, em Garibaldi, a partir da iniciativa de imigrantes italianos. A cultura foi se desenvolvendo na cidade até que, nos tempos atuais, mais de 90% do espumante elaborado no Brasil tenha origem no Rio Grande do Sul – são quase 17 milhões de litros da bebida feitos anualmente no Estado. Além do crescimento quantitativo, o espumante brasileiro se expandiu também em termos qualitativos. Ano após ano, as criações oriundas principalmente da Serra Gaúcha são reconhecidas em premiações mundo a fora.
Existe um conjunto de fatores que contribuem para o sucesso consistente, de acordo com o enólogo da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Ricardo Morari. O principal, talvez, seja a adaptação das uvas utilizadas – Chardonnay, prosecco, moscato, riesling, entre outras – ao terroir, ao solo brasileiro e principalmente gaúcho. Esse casamento perfeito, de solo e clima com as frutas, é imprescindível para o resultado final, conforme explica o profissional. “A amplitude térmica, com noites frias e dias quentes, favorecem a maturação lenta das uvas, formando açúcares e degradando os ácidos aos poucos”, explica.
O resultado, também conquistado através de muita pesquisa e inovação tecnológica, é um espumante balanceado, com destaque para a acidez e o alto frescor. “Esses fatores facilitam uma qualidade consistente nessa elaboração da bebida. Independente da safra a gente consegue ter uma qualidade muito regular, muito mais sólida’, complementa.
Desenvolvimento
Assim como um parreiral não cresce de um dia para o outro, ainda que com o terroir perfeito, esse desenvolvimento da cultura do espumante demandou tempo e dedicação até a consagração de público e crítica Brasil a fora. De 1913, quando a primeira garrafa foi produzida, até 2021, foi necessário estudar cada variedade, cada local, em busca dos melhores resultados. Entender as condições climáticas foi o primeiro passo dado pelas vinícolas, junto à escolha pelas variedades mais adaptadas. “Isso deu a consistência necessária ao longo dos anos para conseguirmos matérias-primas mais adequadas para a produção”, comenta Morari. Ele elenca como segundo passo ter entendido a importância de investir em soluções tecnológicas e na estrutura das indústrias – etapa importante para a consolidação no mercado. “Por fim, a habilidade e o conhecimento técnico dos enólogos, que buscam o estilo de cada produto”, lembra.
Modernização
Esse estudo por parte dos especialistas é responsável por trazer o espumante para 2021. É através do entendimento das mudanças de mercado que foi possível transformar uma bebida antes elitizada e ligada quase exclusivamente ao glamour, em uma opção descontraída para todos os momentos. Hoje, é possível casar um espumante rosé com gelo e frutas e apreciar um delicioso drink às 19h de uma sexta-feira em frente à televisão.
De acordo com o enólogo Ricardo Morari, essa é a principal mudança no consumidor do espumante da atualidade. Se antes o pensamento era comprar a bebida para apreciar em uma ocasião especial três meses depois, hoje o objetivo é adquirir para consumo imediato. “Isso tem nos ajudado a ter uma rotatividade boa no mercado. Acabamos tendo um produto sempre jovem e fresco. Outro ponto positivo é conseguir alcançar o público mais jovem, que se torna fiel no futuro. Dessa forma se cria uma identidade nacional, brasileira. No mundo do vinho hoje o Brasil tem uma identidade própria, sem a necessidade de copiar um champanhe. Temos um produto todo particular, com frescor e jovialidade”, reflete.
Conheça opções para brindar o Dia do Enólogo e do Espumante Brasileiro
Espumante Garibaldi Extra Brut – Especial 90 anos
Feito para celebrar os 90 anos da Cooperativa Vinícola Garibaldi, esse espumante se destaca pelo paladar estruturado e cremoso, com maciez natural e frescor intenso. A harmonização é feita com frutos do mar, patês, carne vermelha, aperitivos, peixes e queijos.
Espumante Garibaldi Prosecco Rosé
Este é o primeiro prosecco rosé elaborado no Brasil. Com coloração delicada, se destaca pela cremosidade do paladar, aliada com acidez equilibrada e refrescante. Harmonização com canapés, saladas, sopas cremosas, peixes leves, frutos do mar e queijos.
Espumante Garibaldi Moscatel
Elaborado pelo processo Asti para ocasiões especiais, foi eleito o melhor espumante do conesul de acordo com o prêmio Catad’Or Wine Awards, realizado em Santiago, no Chile. Tem aromas com notas de melão, maçã verde, flores brancas e toque de mel. Combina com frutas frescas, frutas em calda, sorvetes, bolos, canapés, queijos e patês.
Fonte: Exata Comunicação e Eventos / Foto: Divulgação