Durante o último domingo (04) a Praça Achylles Mincarone, no bairro São Bento, em Bento Gonçalves, recebeu o 1º Encontro Antigos BG. Entre às 08h e às 19h milhares de pessoas circularam pela Planalto para ver de perto os carros, motos e caminhões cuja fabricação ocorreu há, pelo menos, três décadas.
Além dos cerca de 350 veículos antigos expostos ao redor da praça, os visitantes puderam aproveitar shows musicais, foodtrucks, beertrucks e espaços para compra de uma grande variedade de itens. Dos clássicos vinis até eletrônicos antigos.
Ocupando parte das ruas Xingú, Herny Hugo Dreher e Avenida Planalto, expositores compareceram com suas relíquias. Carros com quase um século de fabricação estavam presentes da mesma forma que os mais “recentes” do final da década de 80.
Paixão por carros antigos é de família
Um dos destaques do º Encontro Antigos BG era o Candango de Jorge Colau. A viatura do bento-gonçalvense chamava a atenção do público por seu estado de conservação e o cuidado do dono com o automóvel.
Colau contou ao Portal Leouve que no mês de setembro de 1951 seu pai deu início a esta paixão pelos automóveis ao adquirir uma Chevrolet 51 furgão. Desde então, a família mantém viva a tradição dos carros. Na oportunidade, o ex-piloto levou à Praça Achyles Mincarone um de seus xodós, o Candango 1960. “Esse Candango é um exemplar, uma história muito grande para o Brasil, que tem por Brasília a história de quem nasceu lá e de quem se criou lá, que seriam os Candangos. E é um carro 1960, com motor DKV 4×4, utilizado também em passeio público e também militar”, conta.
Jorge também destacou que sua paixão é seguida pelo sobrinho, Alexandre. Eles, muito mais do que a quantidade de veículos colecionados, preocupam-se com a qualidade da conservação dos automóveis. “(…)a quantidade [de veículos] é muito insignificante perante o prazer e a felicidade, independente do tipo de carro”, frisa.
Alexandre Colau, sobrinho de Jorge, faz parte da direção da Veteran Car Club e no evento também esteve expondo um de seus carros, um Mustang. Ele destacou que a paixão surgiu por influência do tio e outros familiares. “Está no sangue, não tem como como negar. Não há como escapar”, brinca.