Diego Hypólito se sente muito mais seguro e feliz aos 32 anos do que aos 20 e poucos. Em conversa com QUEM, nesta segunda-feira (16), o atleta falou do implante capilar e de outras intervenções estéticas que o ajudaram a elevar a autoestima e sair de um quadro de depressão profunda. “Quando eu comecei a ter calvicie, em 2011, ela começou a me incomodar, mas eu não tinha tanta vaidade. Eu não me importava muito com a opinião dos outros. Só que ela foi aumentando e chegou um momento que começou a me incomodar muito. Quando você está muito focado nas competições e no esporte, acaba deixando de lado um pouco seu lado pessoal. Quando comecei a me olhar mais como pessoa e não só como atleta, eu percebi que não estava bem comigo mesmo e comecei a procurar uma solução. Em 2013, eu não tinha mais votade de ir aos lugares, sem ser a trabalho. Queria me esconder e isso foi me chateando”, confessa.
Antes de fazer a microcirugia, Diego chegou a tentar outras alternativas. “Eu puxava o cabelo de trás para frente, depois eu usei uma técnica que era tipo um aplique. Eu até gostei do resultado, mas tinha que fazer manutenção e como atleta eu não tinha tempo. Depois, usei um cabelo colado, que ficou muito natural. As pessoas não sabem diferenciar quando eu já tinha implante ou esse tratamento. Mas depois de um tempo, não se tornou prático na vida e eu ficava em uma função das pessoas nao descobrirem. Aí decidi fazer o implante e pesquisei na internet. Esse procedimento que fiz tira fio por fio. Foram oito horas de uma microcirugia com anestesia local. O médico tirou folículos da parte de trás para nascer na frente. Demorou uns quatro meses para ficar do jeito que eu queria e o resultado superou minhas expectativas. Além disso, eu achava que era muito caro e o valor foi bem acessível e ainda parcelei em 10 vezes. O investimento valeu muito a pena, saí de uma depressão”, diz.
Com as novas madeixas, o ginasta começou a investir mais em seu visual. O medalhista olímpico também colocou lentes de contato nos dentes e fez uma micropigmentação nas sobrancelhas. “Tudo isso, eu fiz total por autoestima. As pessoas se prendem demais a não fazerem essas coisas, principalmente os homens. Sempre me preocupei com a minha sensação de bem-estar comigo mesmo. Depois de sofrer com a depressão, eu fui me redescobrindo. Estou muito satisfeito porque as pessoas me zoavam muito na internet. Agora tenho recebido muitos elogios. Hoje, estou feliz porque não vou ser hipócrita de dizer que os elogios também não me fazem bem. Eu recebi mais de 400 mensagens por inbox de homens querendo saber sobre o tratamento que fiz. Muito legal poder ajudar outras pessoas”, comemora.
Refém de programas de edição de imagens por muito tempo, Diego afirma só compartilhar imagens sem retoques atualmente. “Eu vivia uma vida de mentira no Instagram, como muitas pessoas vivem. Antes, eu usava photoshop nas fotos e hoje publico elas naturalmente, porque tenho mais segurança e gosto de saber se está legal ou não. Quando não estamos bem com nós mesmo, acabamos entrando em depressão e adoecendo. A autoestima está associada à depressão na vida de muita gente. Muitas vezes, a depressão vem da pessoa não se sentir bem consigo mesma. Toda a minha mudança foi na época da minha depressão. Tinha muitas coisas que eu não fazia, que eu me privava. Eu aprendi a gostar mais de mim mesmo e não ter ver vergonha de expor meus desejos e vontades. Por isso, decidi compartilhar essa transformação publicamente, porque ela veio de dentro para fora para mim”, conclui.
Fonte: Quem / Foto: Reprodução Internet