Nos próximos dias 20, 21, 24 e 25 de julho será realizado o Congresso Municipal de Educação – “Olhares que transformam”. Neste ano, o Congresso conta com as palestras “Letramento matemático: desafios para o ensino na Educação e Anos Iniciais”, com Ana Cristina Rangel. O evento ocorre na Fundação Casa das Artes, no dia 20 de julho, às 18h30, para equipes diretivas e professores de Anos Iniciais, Educadores Infantis e Educadores de Escolas Infantis.
De acordo com Ana Cristina, o letramento matemático assegura ao estudante reconhecer que os conhecimentos matemáticos são fundamentais para a compreensão e a atuação no mundo.
“Nesse sentido, a prática educativa precisa favorecer o desenvolvimento de algumas competências e habilidades como a de raciocinar, comunicar e argumentar matematicamente, exercitando o caráter do jogo intelectual da matemática que estimula a investigação, o desenvolvimento do raciocínio lógico em um contexto que se torna prazeroso, pois o estudante desfruta de um conhecimento e uma forma de pensar e de aprender que tem sentido em sua vida”, pontua.
Sobre os desafios dessa perspectiva para o ensino, Ana Cristina fala sobre dois desafios. O primeiro é referente ao mundo da criança.
“É um mundo de fantasia, da ação, da curiosidade, do brincar, do criar, do jogar, do estar junto com os amigos, exercitando múltiplas linguagens. Para viver esse mundo, ela precisa do olhar cuidadoso do adulto e de seu compromisso educativo. Isso implica em inserir o ensino da matemática em práticas sociais próprias da infância, em contextos e experiências carregadas de sentido à vida da criança”.
E o segundo ponto está relacionado ao professor, de sua compreensão sobre como a criança constrói o número e o pensamento matemático.
“É preciso acolher e valorizar as iniciativas e a maneira da criança pensar e construir os conceitos e relações matemáticas, ajustando nossa forma de ensinar, para que, progressivamente, ela possa modificar seus esquemas mentais, desenvolvendo seu pensamento matemático e apropriando- se da linguagem matemática”, enfatiza.
Na sexta-feira, dia 21, às 8h, na Fundação Casa das Artes, ocorre a palestra “O desafio de aprender com alegria: educação e criatividade”, com Luciane Bonamigo Valls e Rosemere Bard. O evento é para equipes diretivas e professores dos Anos Finais.
De acordo com Luciane, esse diálogo entre educação e criatividade é cada vez mais necessário. “Agora em maio, o Fórum Econômico Mundial divulgou um relatório chamado Futuro do Trabalho, no qual considerou que o pensamento criativo é a segunda habilidade mais importante para os trabalhadores e uma habilidade com demanda crescente. Portanto, se a escola quer formar cidadãos preparados para o futuro, ela precisa focar na formação de pensadores criativos”.
Dessa forma, faz-se necessário proporcionar saberes do campo da criatividade com os professores. “Precisamos preparar os professores para que eles entendam o que é criatividade na escola, como organizar espaços de aprendizagem promotores de criatividade e como utilizar estratégias que favoreçam o desenvolvimento do pensamento criativo”.
Em sua fala, Luciane destaca três aspectos: a potência da criatividade; a diferença entre o que é ensinar sobre criatividade, com criatividade e para a criatividade; e o impacto positivo do desenvolvimento da criatividade nos nossos níveis de bem-estar emocional e saúde mental.
Nos dias 24 e 25 de julho, no Centro Municipal de Aperfeiçoamento Pedagógico e Avaliação (CMAPA) ocorre a capacitação “A criatividade e suas possibilidades na escola: o olhar do multiplicador”, com Luciane Bonamigo Valls. O evento é para supervisores de EMEFs e EMIs e para vice-diretoras de EMIs.
Também nos dias 24 e 25 de julho, ocorre na Promotoria de Justiça a palestra “Vivências restaurativas”, evento é para monitores e profissionais de apoio.
Segundo a Secretária de Educação Adriane Zorzi, “o Congresso de Educação foi construído em diálogo com os desafios cotidianos da sala de aula e tendo em vista nossa meta de qualificar a aprendizagem dos estudantes da nossa rede. O nosso objetivo é que, a partir das oportunidades de estudo e das provocações oferecidas, cada professor se sinta convidado a ressignificar suas práticas e a redescobrir o encantamento pelo seu fazer pedagógico.”