A hospitalidade foi um dos itens mais bem avaliados pelos turistas estrangeiros que estiveram na Região Sul do Brasil no ano passado. É o que aponta uma pesquisa encomenda pelo Ministério do Turismo à Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

No Rio Grande do Sul, 99,5% dos visitantes de fora do País aprovaram a receptividade no local, índice levemente superior ao verificado em Santa Catarina (99%) e Paraná (98%).

Intitulado “Demanda Turística Internacional no Brasil”, o estudo também identificou que o lazer é a principal razão da procura pelo Estado gaúcho (59,2%), assim como o catarinense (90,1%) e o paranaense (58,7%).

Nos dois primeiros, o item “sol e praia” aparece como maior motivação, respectivamente com 95,1% e 73,7% das respostas. Já no Paraná, 75,8% disseram ter sido atraídos pelo aspecto “Natureza, ecoturismo ou aventura”. Outra unanimidade, a gastronomia recebeu avaliação positiva em mais de 96% dos questionários aplicados em toda a Região Sul.

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, frisa a importância das belezas do Sul para a atração de visitantes: “A região é um dos nossos grandes trunfos para atrair turistas de outros países, seja pelas belezas naturais, pela ótima gastronomia ou, como revelou a pesquisa, pela hospitalidade. Esse tipo de avaliação é muito importante, pois conseguimos planejar, capacitar o turismo e fomentar a economia”.

Destinos mais procurados

Dentre os destinos mais procurados, destaque para as cidades de Torres e Porto Alegre (RS), Florianópolis e Bombinhas (SC) e Foz do Iguaçu e Curitiba (PR). O país que mais enviou visitantes à região foi a Argentina, seguida pelo Paraguai e Uruguai.

A maioria dos turistas se hospedou em estabelecimentos como hotéis, flats ou pousadas (índice superior a 41%), com exceção de Santa Catarina, onde casas alugadas atingiram um índice de 54% das escolhas.

A pesquisa, realizada ao longo de 2018 com 39 mil visitantes das mais variadas nacionalidades, revelou que a experiência turística no Brasil superou ou atendeu plenamente a expectativa de 87,7% dos entrevistados, a ponto de 95,4% garantirem que têm a intenção de retornar ao País assim que possível.

No ano passado, o Brasil registrou 6.621.376 chegadas internacionais, o que representa um leve crescimento de 0,5% em relação a 2017 (6.588.770). O número de visitantes provenientes das quatro nações então beneficiadas com a adoção do visto eletrônico (Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão) cresceu 15,73%.

Os canadenses foram os que mais aproveitaram essa vantagem, com um salto de 45,3%, seguidos pelos australianos (24,7%), norte-americanos (13,3%) e japoneses (5,5%). Desde 17 de junho deste ano, cidadãos desses países estão isentos da exigência do documento para entrar no Brasil.

Fonte: OSul / Foto: Harleyson Almeida / Reprodução Internet