Charlize Theron, 44 anos,  sabia que não seria fácil fazer “O Escândalo”, um filme sobre assédio sexual na rede de notícias Fox News. Afinal, em termos de trama, o filme era como andar na corda bamba.

Mas ela não esperava que, duas semanas antes da data marcada para o início da filmagem, com um elenco que incluía também Nicole Kidman e Margot Robbie, “O Escândalo” fosse quase cancelado. “Parecia que estávamos avançando a toda velocidade rumo a algo arriscado, e então, de repente, o chão desapareceu por sob nós”, disse Theron.

Em suas funções como produtora, ela manteve o orçamento em enxutos US$ 35 milhões (R$ 145,2 milhões), mas a Annapurna Pictures ainda assim abandonou sua participação em “O Escândalo”, no final do ano passado, poucos meses antes de lançar sua dispendiosa comédia política “Vice”, estrelada por Christian Bale.

“É difícil de engolir quando você ouve seu financiador dizer que quer sair”, disse Theron, “especialmente quando o custo é apenas a metade do de um projeto que eles já fizeram com um homem à frente do elenco”.

Ainda que ela tenha entrado em ação para obter financiamento de último minuto e um novo distribuidor, Theron continuava a enfrentar dúvidas pessoais sobre interpretar o papel principal, o de Megyn Kelly, a férrea âncora da Fox News cujas acusações contra o presidente-executivo do canal, Roger Ailes, ajudaram a derrubá-lo do posto em 2016.

Kelly continua a ser uma figura controversa, para a direita e para a esquerda, e interpretá-la requereria a mesma transformação física, com pesado uso de próteses, pela qual Theron passou para fazer o papel de Aileen Wuornos, que lhe valeu o Oscar, em “Monster – Desejo Assassino”.

Mas estamos falando de Charlize Theron. Você acha mesmo que a mulher que interpreta Furiosa recusaria um desafio? “A não ser que seja alguma coisa que eu acho que realmente vai me assustar, que me faça sentir à beira do abismo, e que a queda pode ser brutal, nada bonita, eu não tenho vontade de fazer o projeto”, disse.

O Escândalo, chega aos cinemas brasileiros em janeiro de 2020.

Fonte: OSul / Foto: Reprodução Internet