Foto: Freepik
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No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre câncer de mama.

Todos os anos, cerca de 2,3 milhões de casos de câncer de mama são diagnosticados em todo o mundo, e aproximadamente 670 mil mulheres morrem em decorrência da doença.

O motivo é que muitos casos de câncer de mama não são detectamos por meio da mamografia, pelo menos não em estágio inicial. Em particular tumores agressivos e de crescimento rápido muitas vezes não são visíveis nas mamografias. São justamente esses tumores que matam muitas mulheres.

Agora um novo algoritmo promete reorientar a triagem: um modelo de IA (inteligência artificial) consegue avaliar com elevada precisão, simplesmente analisando dados de imagens de mamografia, o risco de uma pessoa desenvolver câncer de mama nos próximos cinco anos.

Num estudo, mulheres identificadas pelo algoritmo como tendo alto risco de desenvolver câncer de mama de fato apresentaram uma probabilidade significativamente maior de desenvolver a doença do que mulheres identificadas pela IA como tendo “risco normal”.

Em geral, uma mamografia de rastreamento de câncer de mama é recomendada de forma sistemática para mulheres de 50 a 74 anos, a cada dois anos. No entanto, o risco individual de desenvolver a doença – e, portanto, a necessidade de uma detecção precoce eficaz – varia consideravelmente de uma mulher para a outra.

Por isso, especialistas defendem o rastreamento individualizado do câncer de mama. Afinal, a precisão da mamografia também varia significativamente de mulher para mulher: quanto mais denso o tecido mamário, maior o risco de desenvolver a doença – e pior a identificação pela mamografia. Muitas mulheres não sabem disso.

A IA reconhece não apenas a quantidade de tecido glandular, mas também sua textura, o que é outro parâmetro para o risco de câncer de mama. O avanço crucial é que “a IA pode decidir em segundos se uma mulher precisa ou não de uma ressonância magnética para detecção precoce”.

Especialmente as mulheres mais jovens se beneficiariam da detecção precoce. Pois justamente para mulheres mais jovens a mamografia costuma ser problemática: “Mulheres jovens geralmente têm tecido mamário denso – e isso torna a detecção precoce por mamografia especialmente difícil”.

Mas simplesmente reduzir a idade de rastreamento não é muito eficaz. Em vez disso, especialistas defendem uma abordagem em duas etapas.Primeiro, mamografia para detecção precoce; em seguida, uma análise por IA deve ser realizada para determinar o risco de desenvolvimento da doença nos próximos cinco anos.