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Viva com Saúde – 11/07/2025 – O que a ciência tem revelado sobre a saúde do coração?

Foto: Freepik
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No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre O que a ciência tem revelado sobre a saúde do coração

Coração acelerado, dor no peito, cansaço constante. Sintomas como esses ainda são os principais sinais de alerta para doenças cardiovasculares, mas a ciência moderna tem ampliado esse entendimento e, com ele, as possibilidades de prevenção.

Coordenando estudos clínicos voltados à saúde do coração no CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito, o médico cardiologista Dr. Rafael Marchetti tem acompanhado de perto como a pesquisa científica vem transformando o cuidado cardiovascular no Brasil.

“Ainda que fatores como alimentação e atividade física continuem sendo fundamentais, as pesquisas clínicas têm apontado novos marcadores de risco, como a inflamação crônica silenciosa e a variação de resposta hormonal ao estresse prolongado”, explica Dr. Rafael Marchetti, que atua na coordenação de estudos no CPAH que investigam essas conexões de forma multidisciplinar.

Nos últimos anos, avanços em genética, análise de biomarcadores e inteligência artificial aplicados à cardiologia têm permitido um olhar mais profundo sobre o comportamento do coração em diferentes perfis populacionais.

“Hoje conseguimos mapear com mais precisão como fatores emocionais, metabólicos e mesmo padrões de sono influenciam diretamente a saúde cardíaca, algo que há uma década ainda era considerado subjetivo”, destaca.

A popularização da ciência e o acesso ampliado a estudos clínicos também fazem parte da transformação.

“Parte do nosso desafio como pesquisadores é fazer com que a ciência chegue à ponta, ao consultório, ao paciente. Traduzir os achados em condutas práticas é o que gera impacto real na saúde das pessoas”, afirma.

As doenças cardiovasculares continuam liderando o ranking de mortalidade no Brasil e no mundo. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 300 mil indivíduos por ano sofrem Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), ocorrendo óbito em 30% desses casos.

“A era da medicina isolada está ficando para trás. A saúde do coração não depende apenas do próprio órgão, mas de um sistema inteiro que precisa ser compreendido em conjunto e estudos multidisciplinares reforçam isso”, destaca.