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Viva com Saúde – 09/04/2025 – O que se fazer pela dor lombar

Foto: Freepik
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No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre as dores na região lombar.

Paracetamol. Acupuntura. Massagem. Relaxantes musculares. Canabinoides. Opioides. A lista de tratamentos disponíveis para dor lombar é extensa. Mas não há boas evidências de que esses tratamentos realmente reduzam a dor, de acordo com um novo estudo que resumiu os resultados de centenas de ensaios randomizados.

A dor lombar afeta cerca de um em cada quatro adultos americanos e é a principal causa de incapacidade globalmente. Na maioria dos casos diagnosticados, a dor é considerada “inespecífica”, o que significa que não tem uma causa clara. Isso também é parte do que a torna tão difícil de tratar.

No estudo, os pesquisadores revisaram 301 ensaios randomizados que compararam 56 tratamentos não invasivos para dor lombar, como medicamentos e exercícios, com placebos. Eles usaram um método estatístico para combinar os resultados desses estudos e tirar conclusões, um processo conhecido como meta-análise.

Os pesquisadores descobriram que apenas um tratamento —o uso de anti-inflamatórios não esteroides, ou AINEs, como ibuprofeno e aspirina— foi eficaz na redução da dor lombar de curto prazo, ou aguda. Outros cinco tratamentos tinham evidências suficientes para serem considerados eficazes na redução da dor lombar crônica.

Estes foram: exercícios; manipulação espinhal, como a que você pode receber de um quiroprático; aplicação de fita na região lombar; antidepressivos; e a aplicação de um creme que cria uma sensação de aquecimento. Mesmo assim, o benefício foi pequeno.

O estudo incluiu uma longa lista de tratamentos para os quais as evidências eram “inconclusivas” porque o número de participantes estudados era muito pequeno ou havia um forte risco de viés na pesquisa.

Isso não significa necessariamente que esses tratamentos sejam ineficazes, dizem os especialistas. Mas, no processo, um sinal forte de um estudo de que um tratamento funcionou poderia ser diluído em meio ao ruído de outros estudos que podem não ter sido bem projetados. Especialistas concluem que os tratamentos para os quais havia evidências inconclusivas ofereciam um ponto de partida para mais pesquisas.