Ninguém precisa deixar de cozinhar por falta de um utensílio. Mas saiba que ter os acessórios certos facilita muito a vida. Você não precisa gastar uma fortuna. É só não acreditar em milagre: panelas, facas e tábuas baratinhas não duram! Vale investir mais em alguns itens, mas dá para ser mais econômico em outros.

Faca de chef: o item número 1 de qualquer cozinha. As melhores são as de aço inox, com lâmina forjada no cabo – o metal vai de ponta a ponta, sem emenda. Os tamanhos variam, a partir de 20 cm. Com as maiores, é mais fácil cortar ingredientes grandes, como repolho ou abóbora. Se for investir em uma só, escolha o tamanho mais confortável para você.

Faca de pão: serrilhada e comprida, com cerca de 25 cm, para cortar sem amassar ou rasgar os pães.

Faca de legumes: Com lâmina entre 7 e 10 cm, ideal para cortar e descascar legumes e frutas.

Chaira:
faca cega é mais perigosa do que faca afiada – você acaba fazendo muita força, e o risco de acidentes aumenta. Por isso, é essencial manter o fio da faca em dia. A chaira, que parece uma espada cilíndrica, é o acessório indicado para isso.

Tábuas: podem ser de bambu, madeira e polietileno – pessoalmente, não gosto desse último. Recomendações que valem para todas: precisam ser bem lavadas e secas depois de usadas, para não virar foco de contaminação. As de madeira e bambu podem ganhar uma camada de óleo mineral uma vez por mês, assim, o material não resseca. É só espalhar com um pano. O ideal é manter as tábuas em um local arejado. De tempos em tempos, devem ser trocadas, porque vão ficando muito riscadas. Tenha pelo menos duas: uma para doces e outra para salgados. Assim, a manga não fica com gosto de cebola, e vice-versa. Acredite, isso acontece!

Panelas grande, média e pequena: Aqui, vale a pena investir o quanto você puder para garantir um jogo de panelas de inox da melhor qualidade. Duram uma vida.

Panela de pressão: Reduz o tempo de cozimento dos alimentos para até um terço. Não precisa ter medo, é só seguir as dicas e regras de segurança que a gente ensina aqui.

Frigideira antiaderente: Sem ela, não há meio de a omelete ficar bonita ou a batata rosti dar certo. Ela requer cuidados, mas, mesmo assim o revestimento antiaderente não dura para sempre. Não use para fritar alimentos com muito óleo – ela não gosta de altas temperaturas –, somente para grelhar e refogar. Não dê choque térmico com água fria na panela pelando. E, claro, não raspe o fundo com utensílios de metal.

Frigideira de bordas altas: Rainha da versatilidade, ela grelha o bife e o frango, serve para preparar risoto e macarrão e comporta até preparações com caldo.

Colheres de madeira ou bambu e espátulas de silicone: Essenciais para misturar as preparações na panela. Reserve uma especialmente para doces e tenha um modelo com cabo mais longo, para mexer comidas que espirram (pense na polenta!).

Escumadeira: Para tirar as frituras do óleo quente e os alimentos cozidos da água.

Espátula: Serve para virar hambúrguer na chapa, legumes na assadeira…

Pinça: Ajuda a virar o frango ou o bife na frigideira e é útil para pegar alimentos quentes.

Concha: Para sopa, caldos, molhos e o feijão nosso de todo dia.

Medidores: Essenciais para você acertar as minhas receitas – errou na proporção, mudou tudo. Uma xícara-padrão comporta 240 ml, e ainda há medidores para frações: 1/2, 1/3 e 1/4 de xícara (chá). A colher de sopa equivale a 15 ml e a de chá, a 5 ml. O jogo básico de colheres medidoras tem 4 frações: 1/2 colher (chá), 1 colher (chá), 1/2 colher (sopa) e 1 colher (sopa). Para líquidos, use uma jarra de vidro com marcação de até 2 xícaras.

Tigelas: Fundamentais para misturar preparações, marinar carnes, organizar os ingredientes. Prefira aquelas que não pegam cheiro, como as de vidro e de inox. Detalhe: vidro vai ao micro-ondas e inox não quebra.

Assadeiras: Uma grande e rasa, para assar legumes e biscoitos sem aperto; outra média e funda, para preparações com líquido.

Rolo de massa: Para abrir massas em geral – é mais eficiente do que o truque de rolar a garrafa de vinho.

Peneira: Serve como um pequeno escorredor para legumes e macarrão, peneira a farinha, drena a berinjela e pode ser usada para cozinhar ingredientes no vapor, entre outras funções. Vale investir numa de inox – as de plástico duram pouco e pegam cheiro.

Descascador: Agiliza a tarefa de descascar legumes, faz lindas lascas de parmesão e ainda é útil para cortar fatias finas de legumes compridos, como abobrinha.

Batedor de arame: Também conhecido como fouet, bate a clara em neve, o creme de leite e não deixa o molho branco empelotar.
Mandolim: Fatia um pepino inteiro e muitos outros legumes num piscar de olhos. Vale aqui um alerta: a lâmina afiada pede atenção dobrada para evitar acidentes.

Pilão: Para amassar (alho), triturar e macerar (especiarias). Os de aço inox não pegam cheiro e os de pedra são mais rápidos, por causa do atrito que provocam.

Ralador: Pode ser simples ou com até seis faces. Os maiores são mais confortáveis: ficam em pé sozinhos e têm cabo para apoiar a mão. Como em tantos outros utensílios, prefira os de inox. Não abro mão também de um ralador de cítricos. É específico para não ralar a parte branca da fruta, que amarga as receitas.

Abridor de lata: Para não passar apuro na hora de abrir a lata de grão-de-bico ou outras conservas. Deve estar sempre limpo e com o metal intacto. (Canhotos devem buscar um modelo adaptado.)

Fonte: Panelinha / Foto: Reprodução Internet