Muitos tutores têm dúvidas sobre quais alimentos oferecer em cada fase da vida do seu gatinho. Para ajudar, a veterinária PhD em Nutrição Animal, Manuela Fischer, dá algumas dicas. Além de apontar o tipo de refeição mais adequada, ela explica o que acontece no organismo dos felinos em cada etapa da vida.
Fase filhote – até um ano de idade
Quando pequenos, os gatos já precisam se acostumar com diferentes tipos de alimentos, sejam eles em lata, sachê ou ração seca. Os felinos são mais exigentes no que diz respeito às refeições. Daí a importância de apresentar a eles novos alimentos ainda na infância.
“Geralmente gatos enfrentam problemas no trato urinário. Por isso, o ideal é que eles consumam um percentual maior de suas necessidades calóricas através do alimento úmido. Muitos não bebem a quantidade de água suficiente e o sachê contribui para uma maior ingestão de líquido através da ração úmida“, explica a veterinária.
O alimento úmido favorece a diluição urinária, prevenindo cálculos (pedras na bexiga). Manuela alerta que tutores ofereçam também a ração seca porque ela será muito útil na velhice do gatinho.
Fase adulto jovem – de um a sete anos
Pós-castração, o gato adulto jovem tem uma maior tendência a ganhar peso. Eles sentem mais fome e, por consequência, comem mais. Por ser mais volumoso e menos calórico o, veterinários indicam uma maior proporção de alimentos úmidos do que secos – não se deve tirar a alimentação seca. Sim, ao contrário do que muitos pensam, os alimentos úmidos têm pouca caloria.
“O alimento úmido é mais volumoso, tem menos caloria e ajuda a controlar o peso”, endossa Manuela. Por isso, a dica é manter na fase adulto jovem uma proporção de mais sachês e menos alimentos secos.
Fase velhice – de sete a 12/14 anos
Os gatos mais velhinhos costumam dormir mais, serem menos ativos. Ficar parado pode ser sinônimo de obesidade. Daí a importância da ração seca, que, por ser mais calórica, ajuda a manter o peso do felino. “A partir dos 12/14 anos, os gatos perdem ainda mais massa muscular. Nessa fase, a gente deve diminuir a oferta de alimento úmido e aumentar o percentual do alimento seco”, observa.
A veterinária lembra que cada gato tem seu perfil. “Tudo que conversamos aqui diz respeito ao perfil da grande maioria dos gatos. Não podemos generalizar. Por isso, se o tutor sentir necessidade, pode procurar um nutrólogo para receber as orientações mais adequadas ao seu animal”, finaliza.
Fonte: g1