A chegada do verão traz à tona um fenômeno que muitas pessoas notam, mas poucas entendem, o aumento da queda de cabelo. Apesar de ser muito comum associar a estação à pele queimada, suor e fios ressecados, a perda capilar também tende a se intensificar por razões diretamente ligadas ao clima quente e aos hábitos típicos dessa época do ano.
De acordo com a dermatologista e especialista em transplante capilar Dra. Thalita Carlesso, Diretora Científica do Instituto Carlesso, existem fatores sazonais que explicam esse comportamento. “A combinação de calor, suor, aumento da oleosidade e exposição solar excessiva cria um ambiente desfavorável para o couro cabeludo, favorecendo inflamações e o enfraquecimento dos fios”, explica.
Por que a queda de cabelo aumenta no calor?
1. Aumento da oleosidade do couro cabeludo
O calor estimula as glândulas sebáceas, levando à produção excessiva de óleo. Esse acúmulo pode obstruir os folículos pilosos, favorecendo a queda;
2. Suor excessivo
O suor retém resíduos do ambiente e, em excesso, cria irritações no couro cabeludo, contribuindo para processos inflamatórios que alteram o ciclo do fio;
3. Exposição solar direta
Radiação UV em excesso enfraquece o fio, reduz sua elasticidade e acelera a quebra, um dos fatores frequentemente confundidos com queda;
4. Piscina e mar
Cloro e sal retiram nutrientes e umidade dos fios, deixando-os mais frágeis. Sem cuidados adequados, o ressecamento abre espaço para danos e perda capilar acentuada;
5. Hábitos comuns do verão
Coques apertados, tração constante, produtos inadequados e uso frequente de bonés sem ventilação também contribuem para a queda.
Quais tratamentos ajudam a controlar a queda?
Laser capilar
Estimula a microcirculação e fortalece os folículos;
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Microinfusão de medicamentos (MMP)
Entrega direta de ativos no couro cabeludo para estimular o crescimento;
Terapias com fatores de crescimento
Técnicas como microagulhamento associado a ativos estimuladores;
Protocolos combinados
Rotinas personalizadas que unem suplementação, cosméticos e intervenções clínicas.
Essas técnicas ajudam a restaurar o ambiente do folículo, reduzindo a queda e acelerando o crescimento. A especialista reforça que cada caso exige avaliação individualizada.
E quando a queda é severa? O papel do transplante capilar
Para quadros avançados (principalmente aqueles ligados à alopecia androgenética o transplante capilar se torna uma opção definitiva e altamente precisa.
Realizado utilizando algumas técnicas, como FUE (extração fio a fio), o procedimento redistribui unidades foliculares da área doadora para regiões afetadas, preservando a naturalidade do desenho e o sentido dos fios.
“O transplante capilar é indicado quando há uma perda comprovada e permanente, e quando os tratamentos clínicos já não são suficientes para recuperar a densidade. Além de natural, o resultado é progressivo, os fios transplantados começam a crescer entre três e quatro meses, atingindo aspecto completo em até um ano.”, explica a Dra. Thalita Carlesso.
