Foto: Freepik
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No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre diagnóstico precoce e avanços terapêuticos no câncer de próstata.

O câncer de próstata é o tipo mais comum entre os homens, excetuando-se os tumores de pele não melanoma, e uma das principais causas de morte por câncer na população masculina. Apesar disso, quando detectado precocemente, apresenta altas taxas de cura, que podem superar 90%, conforme destacam especialistas.

O rastreamento do câncer de próstata é uma forma de prevenção secundária, voltada à identificação da doença ainda em estágios iniciais, em indivíduos sem sintomas, mas com risco aumentado. O câncer de próstata possui características especiais que justificam o rastreamento: é muito prevalente em homens acima dos 50 anos e, na fase inicial, dificilmente apresenta sintomas clínicos. Os sinais costumam surgir apenas em casos avançados, quando há metástases, ou em situações associadas a outras doenças da próstata, como a hiperplasia benigna.

Os dois exames principais para o rastreamento são o toque retal e o PSA (antígeno prostático específico), que são complementares, pois um pode indicar alterações que o outro não mostra. Em geral, recomenda-se iniciar o rastreamento a partir dos 50 anos, ou aos 45 anos para homens com histórico familiar, de ascendência negra ou com mutações genéticas específicas. O diagnóstico precoce salva vidas. Quando o câncer é descoberto em estágio inicial, as chances de cura aumentam significativamente e o tratamento tende a ser menos agressivo.

Os avanços nos tratamentos também têm sido decisivos para ampliar as possibilidades de controle da doença. Conforme especialistas, as opções terapêuticas variam conforme o estágio e a localização do tumor, indo desde a vigilância ativa, quando apenas acompanhamento é suficiente, até terapias combinadas de cirurgia, radioterapia e bloqueio hormonal. Em casos localizados, os principais tratamentos incluem vigilância ativa, cirurgia ou radioterapia com ou sem bloqueio hormonal.

Além das terapias específicas, a importância do estilo de vida e da abordagem multidisciplinar são indiscutíveis. Exercícios físicos de força e aeróbicos, dieta equilibrada, controle de doenças cardiovasculares e o acompanhamento com uma equipe multidisciplinar são fundamentais para garantir que os pacientes tenham acesso pleno e seguro a todas essas tecnologias.