O primeiro fim de semana da 41ª edição da Feira do Livro de Caxias foi marcado pela emoção do público durante o bate-papo com a Monja Coen, líder espiritual zen budista, que foi destaque na programação de sábado, no palco principal. Além disso, os encontros com o poeta Allan Dias Castro, no sábado, e com Francisco Bosco, no domingo, também foram destaque. Ao mesmo tempo, a programação cultural conquistou as pessoas. Com a ajuda do tempo, os livreiros e a organização festejaram os primeiros números do evento: 6.570 livros vendidos e um público estimado em 26.300 pessoas que passaram pela Praça Dante Alighieri.< /span>
Eras 18h, os sinos da Catedral Santa Teresa começaram a tocar e a Monja Coen parou de falar e conclamou o público a ouvir e silenciar, algo meio improvável em meio ao burburinho da praça. Mas o grupo de mais de 400 pessoas que estava ali para ouvi-la se manteve em silêncio. Ao final, ela declarou: “Que a paz prevaleça na terra”. Esta não foi a única das frases motivadoras que ela sugeriu em sua fala, sempre entre sorrisos e bom humor. “Ainda não conseguimos a paz, mas eu não desisto”; “A pessoa sábia é aquela que sabe escolher o caminho”; “A meditação, trabalho e família estão todos juntos” ; “A palavra que eu mais gosto é desperta, acorda”; “Sair do eu e pensar no nós”; foram outras frases que ela sugeriu aos seus ouvintes. Em meio a isso, circulou pela praça, atendendo gentilmente aos pedidos de selfie, sempre com as mãos em prece.
Antes do bate-papo com a monja, mediado pelo jornalista Marcelo Mugnol, foi realizada uma conversa sobre poesia com o poeta Allan Dias Castro, referência nas redes com seu projeto de poesia falada com mais de 200 milhões de visualizações. Na conversa com a jornalista Trissia Ordovas Sartori, Castro destacou que o trivial e o belo que se pode observar no cotidiano são matéria prima de seus poemas. No domingo, o bate-papo do escritor e palestrante Gilmar Marcílio com o escritor Francisco Bosco foi pontuado por questões filosóficas e temas contemporâneos como as mídias sociais e o comportamento da sociedade brasileira.
Outras atrações que mobilizaram o público foram as apresentações musicais como o da Orquestra Municipal de Sopros, no sábado, que apresentou o concerto “Rock Sinfônico” e do André Arrosi Quarteto, que fechou a programação do palco principal, domingo à tarde. Antes, no meio da tarde, a apresentação de danças folclóricas com Conjunto de Projeções Folclóricas Tio Xico também foi aplaudida. Em paralelo, a Galeria Gerd Bornheim acolheu a sessão de autógrafos do último livro escrito por José Clemente Pozenato, “O Fabuloso País da Cocanha”, com ilustrações da dupla Gio e Doug, que também estão com a exposição “Bichos”, aberta na sexta-feira na própria galeria.
No sábado, também na Galeria Municipal, foi realizada a quinta edição da Biblioteca Humana, que atraiu o público para ouviu histórias sobre a imigração no século XXI, de Hsueh Yu, que nasceu em Taiwan e vive em Caxias desde em 2006, e Djimy Precilien, nascido no Haiti.
A Feira do Livro de Caxias do Sul vai até o dia 12 de outubro com 24 bancas – 18 no Setor Geral e seis para o público infantojuvenil, numa estrutura de 2.700 metros quadrados.
A realização da 41ª Feira do Livro de Caxias do Sul é da Secretaria Municipal de Cultura de Caxias do Sul e da Associação dos Livreiros Caxienses – ALCA, com financiamento do PRO-CULTURA – Sedac – RS.
Site da Feira:
www.feiradolivrocaxias.com
Programação completa:
https://heyzine.com/flip-book/858b43424a.html