Desde março, todas as sextas-feiras, o auditório da APAE de Bento Gonçalves se transforma em palco de criação, movimento e descoberta. É quando acontece o Projeto Dança Inclusiva, que oferece aulas de dança adaptada a alunos da instituição, promovendo expressão, autonomia e conexão por meio da arte.
A iniciativa é realizada com recursos do Fundo Municipal de Cultura de Bento Gonçalves, por meio do Edital 01/2023 – Cultura: Direito e Transformação, e recebeu o valor de R$ 33.733,33 para sua execução. O projeto é conduzido pela bailarina e professora Sinara Gnoatto, e conta ainda com a participação dos profissionais Cristian Bernich (coordenação artística), André Majola e Rosane Marchetto, que contribuem com o processo criativo e pedagógico.
Mais do que coreografias, os alunos vivenciam um processo sensível e colaborativo, onde cada gesto nasce da escuta e da vivência de seus próprios corpos. O tema do espetáculo, que será apresentado em agosto na própria APAE, é inspirado no livro “Um Pé de Vento”, de André Neves, e propõe uma poética do movimento: ora leve como a brisa, ora intenso como uma rajada.
“Cada aluno tem seu tempo e sua forma de se expressar. As coreografias surgiram a partir das sugestões deles, e isso tornou o processo ainda mais rico. Queremos entregar algo bonito, verdadeiro e, acima de tudo, transformador. Que essa experiência vá além do palco e se reflita na vida de cada um deles”, afirma Sinara.
Notícias Relacionadas
O projeto fortalece a inclusão e a cidadania cultural, garantindo às pessoas com deficiência o direito à criação artística e à participação ativa na vida cultural da cidade. Ao estimular a escuta, o protagonismo e a liberdade de ser, a dança se transforma em linguagem de pertencimento e transformação.
Para o secretário municipal de Cultura, Evandro Soares, ações como essa mostram o impacto direto dos investimentos públicos em cultura:
“Ver um projeto cultural sendo realizado com as crianças da APAE é emocionante. Isso mostra o quanto é importante Bento Gonçalves ter um Fundo de Cultura ativo e comprometido com a transformação social. Financiamento à cultura é investimento em pessoas, em oportunidades, em futuro. Projetos como esse tornam visível o poder que a arte tem de incluir, empoderar e transformar realidades.”
O espetáculo final do projeto tem como objetivo ser um reflexo desse processo coletivo, sensível, possível e potente, um corpo que dança, sente e transforma.
