No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre a proteção dos filtros solares.
A pele é o maior órgão do corpo, e por isso é fundamental protegê-la dos efeitos ambientais, como a exposição solar. Quem viveu no início dos anos 2000 deve se lembrar da campanha com a voz de Pedro Bial por cima de imagens de pessoas dizendo mensagens motivacionais, como “use filtro solar”.
Embora parecesse simples, a mensagem causou uma mudança significativa no comportamento das pessoas. Atualmente, porém, vídeos propagam informações falsas sobre filtro solar –que seu uso levaria ao aumento de casos de câncer ou a uma deficiência de vitamina D, por exemplo.
De acordo com a dermatologista Aparecida Moraes, coordenadora do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) e professora na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o protetor solar funciona porque tem substâncias químicas ou físicas que fazem a absorção ou a reflexão da luz.
Uma revisão sistemática que analisou mais de 532 publicações sobre o efeito da substância na prevenção de câncer de pele –mas só incluiu sete estudos na análise final– de 1993 a 2017 apontou que o uso do protetor esteve associado a uma redução em melanomas, carcinomas (tumores de pele não melanoma) e lesões cutâneas pré-cancerígenas.
A diferença entre melanoma e carcinoma está na origem das células cancerígenas: enquanto o primeiro tem origem a partir dos melanócitos (células produtoras de melanina), o carcinoma é formado em células da pele basais.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de pele do tipo não melanoma é o mais incidente (31,3% do total). Segundo as estimativas para o triênio 2023-2025, devem ser registrados 704 mil novos casos por ano de câncer no Brasil, sendo 220 mil de pele.
Os filtros solares trazem dois tipos de proteção: a física, que tem como objetivo refletir os raios ultravioletas, e a química, formada por substâncias que absorvem os raios que penetram nas células. A maioria dos protetores de uso tópico (cremes) são filtros químicos, enquanto filtros em pó são físicos.
Já o Ministério da Saúde reforça que o câncer de pele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, mas a média da idade vem diminuindo com o passar dos anos, tendo em vista que pessoas jovens têm se exposto constantemente aos raios solares.