No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre ciclo menstrual e fertilidade.
O estresse e a ansiedade podem afetar o ciclo menstrual das mulheres, alterando características como a quantidade de dias e a intensidade do fluxo. Especialistas afirmam que o estresse crônico, associado a uma série de problemas de saúde, também pode causar irregularidade menstrual. A sobrecarga de ansiedade e estresse gera mudanças no número de dias do ciclo menstrual, número de dias de menstruação, fluxo menstrual, coloração e odor da menstruação, além de alterações na libido.
Um estudo publicado pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, identificou uma relação entre altos níveis de estresse e um risco aumentado de anovulação (ausência de ovulação), o que pode levar a irregularidades menstruais e à infertilidade.
As emoções estão relacionadas à mesma região do cérebro —o núcleo arqueado, localizado no hipotálamo— responsável pela produção e controle de hormônios que regulam o ciclo menstrual. Quando o corpo é colocado sob pressão constante ou excessiva, ele secreta hormônios do estresse, como o cortisol, que altera os padrões de secreção de um hormônio chamado GnRH que, consequentemente, afeta a liberação de dois outros hormônios essenciais ao funcionamento ovariano e a ovulação.
Nesse contexto, quando há atraso ou ausência de menstruação, a paciente deve fazer exames para ter certeza de que não está grávida. Excluída a gravidez, é preciso considerar outros fatores que também podem atrasar ou até interromper a menstruação, como distúrbios da tireoide, síndrome dos ovários policísticos e transtornos alimentares —que podem inibir a produção de certos hormônios e interferir no ciclo menstrual.
Especialistas indicam que a mulher acompanhe o seu ciclo menstrual anote datas, duração e outras características do fluxo durante três meses. Se os ciclos continuarem anormais, marque consulta com seu médico. Mas, se houver parada total da menstruação, vá ao especialista antes desse período.
Em relação às alterações causadas pelos impactos no estado emocional, é crucial adotar estratégias de gerenciamento de estresse. O ideal é incluir atividades como exercícios físicos regulares, meditação, ioga e terapia com um profissional de saúde mental. Muitas vezes, a mulher não consegue lidar sozinha com um estresse crônico, que pode se prolongar e desencadear quadros mais graves de transtornos mentais, comprometendo não só o ciclo reprodutivo, mas diversas funções orgânicas.