Morreu no final da tarde desta quinta-feira, aos 81 anos, no Rio de Janeiro, a cantora e compositora Miúcha. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do irmão, o também cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda.
Segundo o assessor de Chico, Miúcha morreu às 17h30min por insuficiência respiratória em decorrência de um câncer no pulmão. A cantora estava internada no Hospital Samaritano. O velório e sepultamento do corpo de Miúcha deve acontecer na sexta-feira no cemitério de São João Batista, na Zona Sul do Rio.
Filha do historiador e jornalista brasileiro Sérgio Buarque de Hollanda e da pintora e pianista Maria Amélia Cesário Alvim, Miúcha nasceu Heloísa Maria Buarque de Holanda, em 30 de novembro de 1937, no Rio de Janeiro.
Ao longo da carreira, a artista lançou mais de 13 álbuns, muitos deles em parceria com o maestro Antônio Carlos Jobim, Vinícius de Moraes e Toquinho. Ela é mãe da também cantora e compositora Bebel Gilberto.
No último dia 23 de dezembro, Bebel compartilhou no Facebook um vídeo comunicando a alteração de um show que faria na Philadelphia, Estados Unidos. Miúcha aparece sorrindo na gravação ao lado da filha, que diz estar cuidando da mãe.
Sucesso na década de 70
Nos anos de 1970, Miúcha lançou alguns dos maiores sucessos de sua carreira: Maninha (composta pelo irmão Chico Buarque em homenagem a ela), Pela luz dos olhos teus (Vinicius), Vai levando (Chico Buarque e Caetano Veloso), Samba do avião, Falando de amor (ambas de Tom Jobim) e Dinheiro em penca (Tom Jobim e Cacaso), que serviria de inspiração para o irmão Chico criar a música Para todos, título de seu disco em 1993.
A artista gravou discos e apresentou-se em palcos em vários países. O último trabalho dela foi Rosa amarela (1999), foi lançado primeiro no Japão, e inclui clássicos como Doce de coco (Jacob do Bandolim) e composições, como Assentamento (Chico Buarque).
Fonte: Correio do Povo / Foto: Reprodução Internet